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Economia Sábado, 18 de Janeiro de 2025, 07:30 - A | A

Sábado, 18 de Janeiro de 2025, 07h:30 - A | A

CONFIRA

Mercado de trabalho: entenda as expectativas para a área da saúde em 2025

Assessoria de Imprensa

Um estudo da Universidade de São Paulo (USP) estima que em 2025 o Brasil terá mais médicos por habitantes do que os Estados Unidos, Japão e China. É esperado que o país alcance um número de três médicos para cada mil habitantes, superando o índice de 2,7 profissionais para cada mil habitantes registrado em 2023.

Ou seja, novos médicos a assumirem o cargo este ano entram na estatística dos cerca de 635 mil doutores diplomados a atenderem 206 milhões de habitantes. Levando em conta essa grande quantidade de profissionais no mercado surge o questionamento “como ser um médico ou médica destaque”?

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Apesar do curso de medicina parecer uma garantia de portas sempre abertas para o futuro profissional, especialistas da USP apontam que apesar de haver 400 cursos de medicina registrados e uma expectativa de 45 mil formados desses locais, no Brasil há cerca de 20 mil vagas de residência.

Diversificar

Pesquisadores da USP responsáveis pelo estudo ressaltam que apesar de o número de médicos por habitante ter aumentado, não é garantia de uma maior cobertura para a população. Isso ocorre porque algumas situações tendem a continuar, como a concentração de médicos em serviços de saúde privados e nos grandes centros urbanos.

Por isso, pode ser interessante para novos profissionais procurar serviço e evolução profissional onde há escassez de profissionais da saúde, como nas cidades interioranas e no Sistema Único de Saúde (SUS). Devido a essa demanda nesses espaços de menor concentração, é possível que o poder público promova incentivos para a adesão desses trabalhadores e trabalhadoras.

Os pesquisadores da USP citam ainda, em entrevista à Folha de São Paulo, que na rede pública há escassez de anestesiologistas e de profissionais de cuidados à saúde mental, como os psiquiatras. Essas podem ser áreas exploradas por novos profissionais da saúde que ainda não definiram as especialidades de atuação.

Formação

Devido à grande quantidade de novos cursos na área da saúde e de novos desafios éticos e profissionais que surgem a cada ano, discute-se muito a criação de uma agência reguladora para o ensino de medicina. Em meio a essas discussões surgem propostas como sistemas de credenciamento das faculdades e avaliações ao fim dos cursos.

Ou seja, percebe-se que o foco é cada vez mais a qualificação dos profissionais de saúde no período de formação. Principalmente, porque essa qualificação junto à dedicação garante bons resultados nos processos seletivos que oferecem vagas para esses trabalhadores, tais como o Exame Nacional de Residência, Enare 2025.

É importante também que a qualificação vá além do ensino universitário e que o novo profissional invista em capacitações que são tendências atualmente, como comunicação digital, programação e uso de Inteligência Artificial (IA), por exemplo. Também é importante participar de eventos como workshops e outros voltados para formação profissional, networking, como os divulgados pelo LinkedIn, e conferências que discutem o futuro dos profissionais do SUS, como a Conferência Nacional de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde.

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