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Brasil Domingo, 28 de Julho de 2024, 10:46 - A | A

Domingo, 28 de Julho de 2024, 10h:46 - A | A

FADINHA NO SKATE

VÍDEO: Rayssa Leal vai à final com manobra perfeita e melhor nota do dia

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As arquibancadas do Parque Urbano La Concorde estavam lotadas neste domingo (28). Uma prova da popularidade do skate street, que integra o programa olímpico pela segunda edição consecutiva. E os muitos brasileiros presentes em Paris tiveram motivos para sorrir. Medalhista de prata em Tóquio, Rayssa Leal se recuperou de um início ruim nas eliminatórias, cravou lindas manobras (com direito à melhor nota do dia) e avançou à final com o sétimo maior somatório (241,43). Será a representante da delegação verde e amarela na decisão, já que Pâmela Rosa e Gabi Mazetto não ficaram entre as oito classificadas para a briga por medalhas.

Nas eliminatórias, cada uma das 22 atletas pôde dar duas voltas (ou corridas) na pista do Parque Urbano La Concorde, e só a maior nota (de 0 a 100) foi levada em consideração. Depois, as competidoras tiveram direito a cinco tentativas de manobras (diferentes das mostradas nas corridas), com as três piores avaliações descartadas. As oito esportistas com melhores pontuações avançaram à disputa por medalhas.
 
Pâmela Rosa foi a primeira brasileira a entrar em ação nas eliminatórias. Ela cometeu falhas nas corridas, conseguindo um melhor desempenho na segunda, com nota 41,48. Também caiu ao tentar as duas primeiras manobras, mas cravou a terceira e ganhou 80,10. Ainda recebeu 83,65 na última, finalizando com somatório de 205,23, em 16º lugar. Após a competição, contou ao ge que foi prejudicada por uma lesão no tornozelo.

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– Tivemos quatro dias de treino (em Paris). No terceiro, torci o pé, da mesma forma que foi em Tóquio. Não consegui dar o meu melhor. Entrei na pista sabendo.

Já sem chances de classificação para a final, principalmente por causa da nota baixa na corrida, Pâmela alegrou o dia de um torcedor brasileiro no Parque Urbano La Concorde. A atleta deu o skate de presente a Felipe Santiago, que estava apoiando as brasileiras bem ao lado da pista.

– Zerei a vida – disse Felipe, parabenizado até por estrangeiros.

Gabi Mazetto esteve na mesma bateria de Pâmela, a segunda deste sábado. A paulista de Praia Grande também caiu na volta inicial, mas respirou fundo e voltou forte para a outra tentativa, se mantendo sobre o skate e recebendo 61,17 dos juízes. Errou as primeiras três manobras. Pressionada, ainda conseguiu um 83,18, mas uma queda na última a impediu de avançar à final. Terminou com somatório de 144,35, na 19ª posição.

Das três brasileiras do street em Paris 2024, Gabi foi a única que estreou em Olimpíadas. Ela ficou fora dos Jogos de Tóquio, há três anos, porque tinha acabado de dar à luz sua filha, Liz. Por isso, mesmo sem vaga na final, a atleta paulista não tirou o sorriso do rosto um segundo sequer.

– Muito feliz e agradecida por ter todos ao meu lado me apoiando. É uma coisa surreal de viver. Estou realizando um sonho e espero conseguir mais uma (participação em Olimpíadas) – disse Gabi, que ainda mandou um recado para Liz depois das eliminatórias:

– A mamãe está com saudade e te ama. Daqui a pouco a gente se vê.

Última brasileira a entrar na pista do Parque Urbano La Concorde, Rayssa Leal foi muito festejada pelos compatriotas presentes nas arquibancadas. Na primeira corrida da terceira bateria, a atleta sofreu uma queda, mas acertou outras manobras difíceis e recebeu 59,88. A segunda volta teve erro parecido, e Rayssa já diminuiu o ritmo no fim, descartando a nota 35,62.

Para avançar à final, a brasileira precisava, então, de um bom rendimento nas manobras. Com a tranquilidade de uma veterana, Rayssa conseguiu ótimas avaliações logo nas duas primeiras tentativas: 85,87 e 88,87. Mais solta, ela ainda acertou um lindo flip back lip e recebeu a maior nota das eliminatórias: 92,68. Ficou com somatório de 241,43, que dava provisoriamente o quinto lugar na classificação geral.

– Eu não esperava tantos brasileiros aqui. Então, senti uma pressão muito grande. Não estava muito na pista, fiquei preocupada com o pessoal de fora. O apoio dos torcedores é essencial, mas eu acabei desequilibrando um pouco. Depois, consegui acertar manobras que não tinha conseguido no treino, e estou feliz. Queria estar mais para cima (na classificação) – comentou Rayssa, depois das eliminatórias.

A calma para superar o início ruim tem explicação. Mesmo aos 16 anos e sendo a mais nova da delegação feminina do Brasil no skate street (Pâmela tem 25 e Gabi, 26), Rayssa já é considerada uma atleta experiente. Prata em Tóquio, ela evoluiu bastante no último ciclo olímpico, com mudanças físicas e também aprimoramento de manobras.

Com a participação nas eliminatórias encerrada, Rayssa precisou esperar a quarta e última bateria para saber se estaria entre as oito classificadas para a final. Foi ultrapassada apenas pelas japonesas Liz Akama e Funa Nakayama. Assim, avançou à decisão em sétimo lugar.

Veja todas as classificadas para a final do skate street:

Coco Yoshizawa (Japão) - 258,92
Liz Akama (Japão) - 257,99
Chenxi Cui (China) - 254,34
Chloe Covell (Austrália) - 246,73
Funa Nakayama (Japão) - 245,52
Paige Heyn (Estados Unidos) - 244,29
Rayssa Leal (Brasil) - 241,43
Poe Pinson (Estados Unidos) - 241,12

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