A Delegacia de Direitos Humanos e Defesa Institucional (Delins), junto com a Polícia Federal, instaurou um Inquérito Policial para apurar possível crime de violência política e de gênero cometido pelo presidente da Câmara Municipal dos Vereadores, Chico 2000 (PL), contra a vereadora cassada Edna Sampaio (PT). O suposto crime teria acontecido no último dia 19 de março, durante uma sessão da Câmara. Edna denunciou o presidente da Casa ao Ministério Público Federal (MPF). O documento foi expedido pela delegada Marianne Rodrigues Elias.
"Trata-se de inquérito policial instaurado mediante requisição ministerial, em razão da suposta Fl. 12024.0052852 SR/PF/MT prática de condutas que configuram violência política de gênero, por parte do Presidente da Câmara Municipal, o vereador Francisco Carlos Amorim Silveira [Chico 2000], o que poderia caracterizar, em tese, o crime capitulado no art. 326-B do Código Eleitoral", diz trecho de documento.
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Segundo os autos, Chico teria praticado atitudes inadequadas em represália contra a vereadora. A denúncia aponta que o presidente interrompe, ofende, altera a voz e faz constantes negativas de direito de resposta contra a petista.
"Alega ainda a representante que 'passou a sofrer múltipla e ilegal perseguição, constituindo-se clara violência política de gênero, cujos caracterizadores atos comissivos e omissivos foram, todos, praticados pelo Representado ou sob suas ordens e direção'", diz trecho do documento.
Edna enviou o documento ao procurador-Geral da República, Paulo Gonet, com diversos vídeos e áudios para que fossem realizadas as devidas apurações.
A delegada pediu que os vídeos enviados fossem transcritos e que o Ministério Público Eleitoral (MPE) fosse comunicado do inquérito. Também intimou a vereadora para prestar esclarecimentos sobre os fatos.
Antes da denúncia de Edna, Chico chegou a fazer um boletim de ocorrência contra a vereadora, alegando que ela estava tirando suas falas de contexto e que não havia ofendido a parlamentar.
