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Política Segunda-feira, 19 de Dezembro de 2022, 15:29 - A | A

Segunda-feira, 19 de Dezembro de 2022, 15h:29 - A | A

"DESSERVIÇO"

Sindicato envia carta ao STF para reclamar da retirada de trilhos de VLT em VG

O documento também foi enviado ao governador Mauro Mendes

Rafael Machado

Repórter | Estadão Mato Grosso

O Sindicato Interestadual da Indústria de Materiais e Equipamentos Ferroviários e Rodoviários (Simefre) encaminhou um documento ao governador Mauro Mendes (União) mostrando indignação com a retirada dos trilhos do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), instalados na Avenida da FEB, em Várzea Grande, para dar início às obras do Ônibus de Trânsito Rápido (BRT). Para a organização, o procedimento representa descaso e mau uso dos recursos públicos.

O documento também foi enviado ao presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Tófolli, presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), ministro Bruno Dantas, e a Comissão de Viação e Transportes da Câmara dos Deputados.

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“Não poderíamos deixar de manifestar a nossa estranheza e indignação a esse fato que demonstra um verdadeiro desserviço à população. Os trilhos do VLT, uma vez assentados com a utilização de recursos públicos, deveriam ser usufruídos pela população com a conclusão das obras há muito iniciadas, e não desmontados utilizando-se de outros recursos públicos”, criticaram.

O sindicato afirma que a decisão do governo de trocar o modal, com 70% do material implantado, tem repercutido negativamente no país e no exterior como “ato fora de propósito e inadmissível”. O Simetre ainda pontua que é a primeira vez que se tem notícia de mudança de sistema de transporte com as obras tão avançadas, além de ressaltar que o mal-uso de recursos públicos gera frustração e prejuízos para população.

“Mais do que isso, tal mudança de modal, sem quaisquer estudos técnicos razoáveis capazes de demonstrar não apenas a maior eficiência do VLT, mas principalmente sua economicidade para conclusão de sua implantação e manutenção a longo prazo, gera grande incerteza jurídica, que certamente afastará investidores nacionais e estrangeiros em projetos de infraestrutura”, diz trecho do documento.

“Consignamos assim, como entidade voltada para o bem do País em relação à mobilidade urbana, indignação e desapreço pela ruinosa ação recentemente iniciada, que jogará no lixo vultosos recursos públicos que haviam sido empenhados na execução de uma obra praticamente concluída, que indubitavelmente beneficiaria a operosa população das cidades de Cuiabá e Várzea Grande”, finalizam.

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