O presidente do Republicanos em Mato Grosso, ex-deputado Adilton Sachetti, disse que está mantida a pré-candidatura do vereador por Cuiabá Tenente Coronel Paccola para deputado estadual. Ele é investigado pela morte do agente socioeducativo Alexandre Miyagawa.
Em entrevista ao Estadão Mato Grosso, Sachetti disse que o futuro dele no partido será debatido somente após a conclusão das investigações policiais sobre o caso. Antes disso, ressalta Sachetti, qualquer decisão, neste momento, pode ser precipitada.
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“Essa situação não depende do partido. É um assunto, por enquanto, que depende da Justiça e da polícia. Enquanto não tiver o inquérito concluído, não podemos fazer nada. A pré-candidatura dele continua. Ele não foi condenado a nada e não posso tirar ele. Se eu fizesse isso [tirar imediatamente] seria uma decisão impositiva. Se, mais na frente, o inquérito tiver um resultado diferente, não vai ter como voltar”, disse.
Paccola é investigado pela morte do servidor durante uma confusão em uma distribuidora de bebidas no Centro de Cuiabá, na noite do dia 1º de julho. O vereador alega que atirou contra Alexandre por legítima defesa, mas sua versão é contestada pelo Ministério Público, que pediu a prisão preventiva do parlamentar. O pedido foi negado pela Justiça.
“É uma situação que ninguém queria passar, mas as fatalidades da vida acontecem. Então, agora, cabe ao partido esperar as conclusões das investigações e do que a Justiça determinar”, comentou Sachetti.
O vereador é alvo de dois requerimentos na Câmara de Cuiabá, apresentados pela vereadora Edna Sampaio (PT). Um pede afastamento imediato do parlamentar até a conclusão do inquérito.
A solicitação estava programada para ser votada na semana passada, mas um pedido do vereador Sargento Vidal (MDB), para que o processo fosse remetido para análise da Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJR) antes da votação no plenário, adiou o debate sobre o assunto para depois do recesso.
Outro pedido pede abertura de um processo para apurar possível quebra de decoro de Paccola. A Comissão de Ética e Decoro Parlamentar disse que também vai aguardar o inquérito para dar encaminhamento na apuração.