Janeiro mal chegou na metade e os hospitais do Estado estão sem leitos nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI) devido à alta demanda por internação. Pacientes estão precisando aguardar a liberação de vagas para conseguir transferência. A informação foi repassada em forma de denúncia à reportagem do Estadão Mato Grosso ainda na semana passada.
A reportagem entrou em contato com a Secretaria de Estado de Saúde (SES-MT) em busca de informações sobre falta de leitos, mas a pasta não forneceu uma resposta clara, porém afirmou, nesta terça-feira (14) sobre a alta de internação (veja no fim da matéria). A reportagem solicitou os dados por três vezes, mas a pasta manteve respostas vagas aos questionamentos.
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Como se não bastasse o caos instaurado pela ausência de leitos de UTI, o estado sofre com uma explosão de casos de dengue, chikungunya e zika, doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti.
Segundo a própria pasta, no boletim epidemiológico semanal, só na primeira semana deste ano o estado registrou 314 notificações de dengue, sendo dessas notificações 108 confirmadas e 288 prováveis casos. Não houve notificações de Zika-Vírus e 49 casos confirmados de Chikungunya.
Só na região da Baixada Cuiabana, nessa primeira semana de janeiro, foram 93 casos confirmados, enquanto ano passado esse número foi de 48. Um dos municípios que sentiu um exponencial aumento de casos foi Várzea Grande, que na primeira semana de 2024, registrou apenas dois casos e em 2025 esse número saltou para 80.
NOTA DA SES
A Secretaria de Estado de Saúde (SES-MT) informa que, de acordo com os dados hospitalares enviados à Central de Regulação de Urgência e Emergência, no momento, há alta ocupação dos leitos de UTI Geral, Neonatal, Neurológica e Cardiológica, devido à demanda por internações.
A liberação de vagas ocorre gradualmente, conforme a evolução clínica dos pacientes ou atualização do quadro. A SES-MT segue monitorando e adotando medidas para otimizar o atendimento à população.