O partido Republicanos de Mato Grosso decidiu, durante um encontro remoto que aconteceu nesta terça-feira, 26 de julho, manter a pré-candidatura do vereador por Cuiabá, Tenente-Coronel Paccola, para o cargo de deputado estadual na eleição deste ano.
Paccola é investigado pela morte do agente socioeducativo Alexandre Miyagawa que aconteceu na noite do dia 1º de julho, em frente a uma distribuidora de bebidas no centro da capital. Na última semana, a polícia concluiu inquérito e indiciou o parlamentar pelo crime de homicídio qualificado por recurso que impossibilitou a defesa da vítima.
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Segundo o presidente da sigla no estado, ex-deputado Adilton Sachetti, a decisão de manter o projeto foi unânime entre os membros da executiva que participaram do encontro. Ele comentou que não há nenhum amparo legal que possa retirar o projeto de candidatura do vereador à Assembleia Legislativa.
“Foi uma reunião virtual. A gente conversou com todos dentro da Executiva e o Paccola permanece como pré-candidato, porque não há nenhum impedimento legal para tirar a candidatura dele. Quem vai julgar é o juiz e não nós. Todo cidadão tem presunção de inocência, então nós não podemos julgar e tirar o mandato dele”, disse Sachetti, em entrevista ao jornal Estadão Mato Grosso.
Sachetti comentou que apesar da conclusão das investigações por parte da polícia, o caso que envolve Paccola ainda será analisado pela Justiça e destacou que “nós não somos julgadores, o partido não tem essa função. Quem vai julgá-lo? Tem dois juízes: o juiz do Judiciário e o povo”.
AFASTAMENTO
O vereador Tenente-Coronel Paccola é alvo de dois requerimentos na Câmara de Cuiabá, apresentados pela vereadora Edna Sampaio (PT). Um deles pede o afastamento imediato do parlamentar.
A solicitação estava programada para antes do recesso do Legislativo, mas um pedido do vereador Sargento Vidal (MDB), para que o processo fosse remetido para análise da Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJR) antes da votação no plenário, adiou o debate sobre o assunto para agosto.
Outra solicitação pede a abertura de uma comissão para apurar possível quebra de decoro de Paccola. A Comissão de Ética e Decoro Parlamentar abriu um procedimento e analisa o inquérito policial sobre o caso para emitir um parecer.