A Procuradoria da Câmara de Cuiabá deu prosseguimento ao pedido de afastamento do vereador Tenente-Coronel Paccola (Republicanos), impetrado pela vereadora Edna Sampaio (PT). O parecer será lido na sessão desta quinta-feira, 7 de julho, afirmou o presidente da Casa, Juca do Guaraná Filho (MDB).
“Seja qual for o parecer da Procuradoria, tem que ser lido hoje. Não cabe pedido de vista, seja qual for o teor do parecer da Procuradoria”, disse Juca, que afirmou ainda não saber o teor do documento.
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O parecer da Procuradoria diz respeito à admissibilidade do pedido de afastamento. Nesse caso, a Procuradoria se limita a observar se os requisitos formais foram atendidos. A decisão sobre a abertura do processo contra Paccola cabe à Comissão de Ética, que é composta pelos vereadores Lilo Pinheiro (PDT), Adevair Cabral (PSD) e Kássio Coelho (Patriota).
Além deste, há um segundo requerimento, também apresentado por Edna, que pede a cassação do mandato de Paccola por quebra de decoro parlamentar.
Paccola é investigado pela morte do agente socioeducativo Alexandre Miyagawa, conhecido como ‘Japão’, de 41 anos, na noite de sexta-feira, 1º de julho, na avenida Presidente Arthur Bernardes, em Cuiabá.
Segundo o boletim de ocorrência, Paccola teria atirado e matado Alexandre porque ele estaria ameaçando a companheira. Conforme a versão do vereador, ele teria dado voz de prisão ao policial penal, que teria feito um movimento de se virar, como se fosse atirar. Neste momento, Paccola reagiu e efetuou três disparos. O parlamentar, que é tenente-coronel do Bope, sustenta que agiu para neutralizar a ameaça em legítima defesa, própria e de terceiros.
Essa versão é contestada pela namorada de Alexandre, Janaína Sá. Em vídeo publicado nas redes sociais, a mulher afirma que houve uma confusão porque Alexandre entrou na contramão para que ela pudesse usar o banheiro de uma distribuidora. Alguns motoristas ficaram revoltados e teve início uma discussão. Paccola teria chegado em meio à confusão e atirado em Alexandre.