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Política Domingo, 19 de Fevereiro de 2023, 14:50 - A | A

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NOVELA SEM FIM

Empresa quer concluir obras do VLT em Cuiabá em troca da concessão, diz vereador

Rafael Machado

Repórter | Estadão Mato Grosso

Um grupo empresarial está disposto a concluir a obra do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) no trecho entre o Porto e a Avenida do CPA, em Cuiabá. A informação foi divulgada pelo vereador Wilson Kero Kero (Podemos), durante a sessão ordinária de quinta-feira, 16 de fevereiro, na Câmara Municipal.

O parlamentar comentou que a empresa apresentou a ideia de assumir o projeto na modalidade de Parceria Público-Privado (PPP), custeando todo o projeto até a sua conclusão, para depois operar o serviço.

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“Um grupo empresarial que está disposto a aportar recurso necessário para fazer o VLT em Cuiabá, do Porto ao CPA, e poderia estender até o Pedra 90, o que seria ideal. Um grupo totalmente saudável a nível de PPP. Eles aportariam todo o recurso necessário, a título de exploração, e o município entraria com quase nada, já que Várzea Grande abdicou, já está terminando a retirada dos escombros. Em Cuiabá não tem o que retirar”, destacou.

Kero Kero defendeu a retomada das discussões sobre o modal e afirmou que pretende levar a informação ao prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) e o vice-prefeito José Roberto Stopa (PV) para iniciarem as tratativas para uma possível retomada das obras do VLT.

O vereador apontou que a medida apresentada pela empresa é melhor do que a proposta do governo, de retirar o que foi implantado do VLT para construir um BRT (Ônibus de Transporte Rápido).

“Um grupo ligado a uma multinacional muito forte quer trazer essa discussão em Cuiabá, quer marcar uma reunião ampliada com o prefeito, e vou encaminhar isso. Já falei previamente com ele [prefeito]. A proposta é que seja a título de PPP: faz a obra, gasta-se empresarialmente do bolso para depois explorar, para não fazer o BRT com mais R$ 500 milhões ou R$ 600 milhões, e depois o governo do Estado bancar esse dinheiro e passar para iniciativa privada. Negócio de pai para filho, também queria um negócio desse para mim”, frisou.

NOVELA SEM FIM

Em 2017, o governo decidiu rescindir o contrato com o consórcio VLT após a deflagração da Operação Descarrilho, que apontou a ocorrência de fraudes na licitação, associação criminosa e corrupção ativa e passiva durante o processo de escolha do VLT.

O modal deveria ser implantado para a Copa do Mundo de 2014, com objetivo de mostrar Cuiabá como uma cidade moderna, porém nunca foi concretizado.

Após realizar uma série de estudos técnicos, o governo decidiu trocar o VLT pelo BRT. Na época, o governo anunciou que precisaria investir mais R$ 763 milhões para concluir o VLT. Já a construção do BRT custaria R$ 300 milhões a menos.

Atualmente, a discussão do tema ocorre no âmbito político entre os adversários Mauro Mendes (União) e Emanuel Pinheiro, que divergem sobre o modal.

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