O prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), disse que a Câmara de Vereadores precisa apresentar uma resposta à sociedade sobre o caso envolvendo o vereador Tenente Coronel Paccola (Republicanos), que foi indiciado pela Polícia Civil por homicídio qualificado pela morte do agente socioeducativo Alexandre Myagawa.
Segundo Emanuel, o Legislativo precisa dar solução para o problema, pois se postergar, não conseguirá criar novas pautas políticas e legislativas.
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“A situação ficou muito constrangedora, muito difícil. A Câmara jamais viveu tamanho constrangimento na história. Cabe ela resolver qual caminho deve seguir. Hoje, os olhos da sociedade estão voltados para a Câmara Municipal de Cuiabá. A Câmara não vai conseguir criar uma pauta política, legislativa, se não resolver esse problema”, disse, em entrevista à imprensa nesta quinta-feira, 21 de julho.
“Se eu fosse o presidente da Câmara, faria isso, dar uma resposta imediata para a sociedade, porque a Câmara hoje está no olho do furacão”, complementou.
O inquérito policial instaurado para apurar a morte do agente socioeducativo foi concluído nesta semana. De acordo com a investigação, a vítima foi atingida por três disparos de arma de fogo pelas costas e não esboçou qualquer reação.
“Não poderia ser diferente diante de tudo que se assistiu, diante dessa cena lamentável, aonde eu me volto sempre para a família. Eu me volto para aquela figura estirada no chão, como se fosse um objeto caído. Era a vida de um trabalhador inocente que foi vítima de um assassinato, isso não poderia ser diferente”, analisou.
DEFESA
Em nota, o advogado de defesa do vereador, Ricardo Monteiro, disse que ficou sabendo do resultado do inquérito pela imprensa e que durante a fase da instrução processual vai apresentar as argumentações técnicas com as razões de defesa.
AFASTAMENTO
O vereador é alvo de dois requerimentos na Câmara de Cuiabá apresentados pela vereadora Edna Sampaio (PT). Um pede afastamento imediato do parlamentar até a conclusão do inquérito.
A solicitação estava programada para ser votada na semana passada, mas um pedido do vereador Sargento Vidal (MDB), para que o processo fosse remetido para análise da Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJR) antes da votação no plenário, adiou o debate sobre o assunto para depois do recesso.
Outro pedido pede abertura de uma comissão para apurar possível quebra de decoro de Paccola. A Comissão de Ética e Decoro Parlamentar disse que também vai aguardar o inquérito para dar encaminhamento na apuração.