O presidente da Comissão de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara de Cuiabá, vereador Lilo Pinheiro (PDT), disse que o inquérito sobre a morte do agente socioeducativo Alexandre Miyagawa será encaminhado ao Legislativo após o final das investigações.
Lilo e o presidente da Câmara, Juca do Guaraná Filho (MDB), estiveram na Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) na tarde desta quinta-feira, 7 de julho, para pedir o compartilhamento do documento para subsidiar os trabalhos da Comissão de Ética, responsável por analisar dois pedidos contra o vereador Tenente-Coronel Paccola (Republicanos), autor dos disparos que mataram o servidor.
- FIQUE ATUALIZADO: Entre em nosso grupo do WhatsApp e receba informações em tempo real (clique aqui)
- FIQUE ATUALIZADO: Participe do nosso grupo no Telegram e fique sempre informado (clique aqui)
“Hoje nós pedimos de forma oficial, junto com a presidência da Câmara Municipal de Cuiabá, que seja compartilhado conosco e também com a Comissão de Ética tudo aquilo que foi colhido durante essa instrução. Eles [delegados] fizeram esse compromisso de que, concluso esses trabalhos, estarão encaminhando todo o material para que possa nortear o trabalho da Câmara Municipal de Cuiabá”, disse.
Lilo comentou que foi protocolada nesta quinta a representação da vereadora Edna Sampaio (PT), pedindo o afastamento imediato de Paccola até a conclusão das investigações. Na manhã de hoje, a Procuradoria-Geral da Câmara deu seguimento à solicitação.
O parlamentar disse que até a próxima segunda-feira, 11 de julho, deve encaminhar o entendimento do grupo à presidência.
“Não vamos agir no impulso. A gente vai agir em cima da verdade real e a verdade real é o que vai ser apresentado pela DHPP. O que mais preocupa a Comissão de Ética, não falo pela comissão em si, mas falo por mim, é não cometer algum tipo de injustiça. Então, a gente vai embasar daqui pra frente em cima da verdade real, que será apresentada pelos delegados”, disse.
ANÁLISE TÉCNICA – Um dos delegados que apura o fato, Hércules Batista Gonçalves, disse que o trabalho segue de forma técnica. Os trabalhos devem ser concluídos em 30 dias, podendo ser prorrogados.
“Ouvimos bastante testemunhas, interrogamos o autor dos fatos, também estão sendo produzidas várias provas periciais. Está sendo reexaminado todo aquele conteúdo das imagens, foi solicitado outras imagens, justamente para que a Polícia Civil possa se munir de todas informações possíveis para concluir as investigações de forma exitosa, esclarecendo todos os pontos obscuros”, esclareceu.