O primeiro suplente de Wellington Fagundes (PL), Mauro Carvalho (União), tomou posse nesta quarta-feira, 5 de julho, como senador. Ele ficará no cargo por 121 dias, período em que Fagundes fará um tratamento de saúde. Em seu primeiro discurso, Carvalho comentou sobre a reforma tributária que está sendo discutida no Congresso Nacional.
Carvalho reiterou que apesar de defender uma mudança no sistema de tributação do país, o projeto, se aprovado do jeito que está, vai prejudicar o Estado, bem como as regiões do Centro-Oeste, Norte e Nordeste. Ele ainda comentou que teve um encontro com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e membros da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), no qual foram apresentados dados indicando que os itens da cesta básica terão aumento de 60% na carga tributária.
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“Onde vai parar a classe trabalhadora com um aumento de 60% dos gêneros alimentícios? Nós temos que ter essa preocupação aqui no Senado. Temos que ouvir todos de forma democrática e transparente. Não podemos, no afogadilho, aprovar uma reforma tributária que não contemple todos os segmentos da nossa sociedade”, destacou.
Para o senador, alguns temas dentro do projeto foram criados sem nenhum critério ou ampla discussão, como o cashback. Ele ainda disse que acredita que a reforma seria uma espécie de Robin Hood, personagem que roubava dos ricos e distribuía riqueza aos pobres, mas agora vê que a situação é inversa.
“Cheguei a ponto, senador Davi, senadora Tereza Cristina, que se encontra no fundo, de achar que essa reforma seria uma reforma "Robin Hood". Muito pelo contrário. É uma reforma "Hood Robin", porque taxa os pequenos e desonera os grandes. É esse equilíbrio que esta Casa de leis tem que promover”, ressaltou.
“Foram criados, inclusive, temas interessantes no texto da reforma, como o cashback, sem critério nenhum. Como nós vamos fazer o cadastro de milhões de brasileiros que nem conta bancária têm? Como vamos devolver esse imposto para essas pessoas? Eu não sei se é cashback ou se é crash back, a volta da quebradeira!”, ironizou.
