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Polícia Quinta-feira, 25 de Julho de 2024, 08:02 - A | A

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CASO RAQUEL CATANNI

Polícia acha perfume de filha de deputado na casa do assassino

Da Redação

Redação | Estadão Mato Grosso

A Polícia Civil prendeu na noite nesta quarta-feira (24), o assasso da produtora rural Raquel Maziero Cattani, filha do deputado estadual Gilberto Catanni (PL). O crime ocorreu na semana passada na cidade de Nova Mutum. O mandante e o executor  do crime são o ex-marido Romero Xavier e o irmão dele, Rodrigo Xavier. Frascos de perfume da vítima foram encontrados na casa do autor do crime e foram cruciais para desvelar a trama.

A investigação concluiu que o ex-marido de Raquel planejou o assassinato e o irmão dele, Rodrigo, matou a vítima e montou a cena na residência para que parecesse um crime patrimonial. Foram realizadas diversas diligências desde que a Polícia Civil foi acionada na manhã da última sexta-feira, 19 de julho, no assentamento Pontal do Marape, a 150 quilômetros da cidade de Nova Mutum, onde a vítima morava e trabalhava.

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“Analisamos todas as imagens do comércio da vila, das cidades vizinhas como São José do Rio Claro e Tapurah. As equipes investigativas entrevistaram centenas de pessoas, desde vizinhos, moradores do assentamento e trabalhadores. Foram mais de 150 pessoas entrevistas pelas equipes da Polícia Civil ao longo desses seis dias”, explicou o delegado responsável pela investigação, Guilherme Pompeo.

Na terça-feira (23), ele atualizou uma rede social sua como morador de “Cuiabá”. Nesta quarta-feira, equipes da Delegacia Especializada de Roubos e Furtos e da Regional de Nova Mutum se dirigiu até o endereço de Rodrigo, na cidade de Lucas do Rio Verde.

Após horas de vigilância, ele chegou na residência e ao ser entrevistado, apresentou muito nervosismo com a presença dos policiais. Da porta que estava aberta, as equipes observaram um frasco de perfume feminino, em cima de uma bancada.

Diante da evidente suspeita, ele confessou o homicídio de Raquel Cattani. Na casa foram encontrados frascos de perfume, um aparelho de som, um cinto, um porta-celular e uma faca, todos os objetos pertencentes à vítima.

Durante a entrevista, a equipe investigativa reuniu informações que esclareceram que Rodrigo praticou o crime a mando do irmão, Romero. E levou alguns objetos da casa para simular um latrocínio e embaraçar as investigações da Polícia Civil.

O delegado Guilherme Pompeo destacou ainda que durante a sua prisão de Rodrigo foi verificada que a bota que ele utilizava no momento possuía total semelhança com a pegada encontrada na televisão na casa da vítima.

“Portanto, a dinâmica do crime a ser confirmada com outros elementos de informação, aponta que Romero se encontrou com Rodrigo em Lucas do Rio Verde, na manhã do dia 18 de julho. Como Romero foi o autor intelectual do crime, ele já havia planejado alguns atos”, pontuou Pompeo.

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