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Política Quinta-feira, 06 de Junho de 2024, 10:24 - A | A

Quinta-feira, 06 de Junho de 2024, 10h:24 - A | A

ACUSAÇÕES

Abílio: Comando Vermelho está se preparando para lançar candidatos pelo União Brasil

Rafael Costa | Assessoria de Imprensa

O deputado federal e pré-candidato a prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini (PL) comentou nesta quarta-feira (5) a Operação Ragnatela da Polícia Federal que apontou a existência de uma organização criminosa formada por políticos, servidores públicos e traficantes para lavagem de dinheiro em favor da organização criminosa Comando Vermelho.

Na avaliação do parlamentar, o crime organizado se movimenta para influenciar as eleições municipais em Cuiabá e, posteriormente, obter êxito nas eleições de 2026 quando estará em disputa a cadeira de governador de Mato Grosso. Isso se dá, principalmente pelo fato de vir a tona à relação de facções criminosas no financiamento do esporte amador, o que foi evidenciado pela Operação Apito Final da Polícia Civil, deflagrada em abril deste ano pela Polícia Civil.

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"Essa é mais uma prova que o narcoestado está dominando o Estado de Mato Grosso. Estão dominando o esporte amador, eventos culturais, entretenimento. Há comentários de que estão entrando no segmento de farmácias e supermercados. Já entraram na política e até em fiscais da Prefeitura de Cuiabá. A operação da Polícia Federal é a prova concreta disso. O crime organizado vai trabalhar para influenciar nas eleições municipais e decidir o prefeito de Cuiabá. E depois o governador do Estado. Não tenho dúvida que estão trabalhando neste sentido. O crime organizado estava se preparando para filiar pré-candidatos a vereador em Cuiabá no União Brasil", declarou.

Abilio ainda cobrou do governador Mauro Mendes (União Brasil) ações administrativas enérgicas para coibir o plano do crime organizado em influenciar as eleições municipais de Cuiabá. Ele lembra que Goiás e Paraná, administrados pelos governadores Ronaldo Caiado (União Brasil) e Ratinho Júnior (PSD), estão cumprindo exemplarmente o combate ao crime organizado, enquanto as autoridades de Mato Grosso apenas adotam discurso de transferência de responsabilidades.

"Até quando o governo de Mato Grosso vai ficar assistindo ? A segurança pública é responsabilidade do Estado de Mato Grosso. Não adianta o governador dizer que é culpa do Congresso, enquanto o senador Jayme Campos dizer que a culpa é do Judiciário. Precisamos com urgência que o Estado assuma as rédeas da segurança pública e faça o devido enfrentamento. Em Goiás não está como Mato Grosso. No Paraná também não. Os dois estados tem ações de enfrentamento. Tem que investir na Polícia Civil e Polícia Militar. Não podemos admitir que o crime organizado e o narco estado tomem conta de Mato Grosso".

Abilio conclui que o esfacelamento da segurança pública fortalece o crime organizado, pois é comum ouvir nos bairros de Cuiabá que as situações de violência são pacificadas pelos líderes do crime organizado. "A população que identifica a criminalidade estão procurando as facções para buscar Justiça e soluções. A PM está carente de investimentos. Tem que aumentar o efetivo e as tecnologias de investigação. Precisamos fortalecer as ações integradas. Quero pedir ao governador que ja passou a hora da hora de colocar ar condicionado nas cadeias. Está na hora de enfrentar duramente essas organizações criminosas".

Operação Ragnatela

As investigações da Polícia Federal apontaram que o vereador Paulo Henrique (PV) intermediava pedidos do crime organizado à Prefeitura de Cuiabá. O parlamentar já foi líder do governo do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) na Câmara Municipal de Cuiabá. Os pedidos do parlamentar, conforme as investigações da Polícia Federal, tratavam de licenças para o funcionamento de casas de show e boates que lavavam dinheiro para o Comando Vermelho. No total, foram cumpridos mais de quarenta mandados de busca e apreensão. Prisões também foram cumpridas.

As investigações identificaram que os criminosos participavam da gestão das casas noturnas e, com isso, o grupo passou a realizar shows de cantores nacionalmente conhecidos, custeados pela facção criminosa em conjunto com um grupo de promoters.

Ainda de acordo com as investigações, os acusados repassavam ordens para a não contratação de artistas de unidades da Federação com influência de outras organizações criminosas, sob pena de represálias.

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