A Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) apreendeu cerca de 30 cestas básicas na Operação Assintonia, deflagrada nesta quarta-feira, 26 de junho, em Cuiabá. A distribuição dos alimentos para famílias carentes é uma pratica da facção criminosa para evitar que a população denuncie o tráfico de drogas à polícia. As cestas estavam na casa de um dos alvos da operação, que foi preso, no Distrito Industrial.
Os alvos da operação atuavam no comércio de entorpecentes, armas de fogo e munições e lavagem de dinheiro, nas cidades de Ipiranga do Norte, Itanhangá, Sorriso e Tapurah. Ao todo, foram cumpridas 72 ordens judiciais, sendo 22 mandados de prisão preventiva, 24 de busca e apreensão e 26 bloqueios de contas bancárias.
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“Existe um cadastro [para ganhar as cestas], uma contabilidade. Inclusive, nós arrecadamos documentos que indica isso, nesse sentido, tanto a população carente quanto os próprios familiares de pessoas presas, indicado pelo líder da organização criminosa. É um tipo de atuação que o Comando Vermelho vem fazendo no intuito de aproximar a população, evitando que eles denunciem essas ações criminosas à polícia”, afirmou o delegado Rafael Scatolon.
Um caso parecido com Operação Apito Final, onde o Comando Vermelho tinha um time de futebol para lavar o dinheiro do tráfico de drogas, em Cuiabá, a organização que atuava no norte do estado patrocinava pequenos times da região, em mais uma forma de assistencialismo a comunidades carentes.
“Eles também, em menor importância, mas também patrocinavam e realizavam o assistencialismo de time de futebol, distribuição de cesta básica na região de Itapurá, Itanhangá e Ipiranga do Norte, assim como acontece com frequência na cidade de Cuiabá”, finalizou o delegado.