O vereador Paulo Henrique (MDB), alvo de duas operações policiais, se tornou réu por lavagem de dinheiro, corrupção passiva e envolvimento com organização criminosa. O vereador é investigado por suposto envolvimento com o Comando Vermelho e chegou a ser preso durante a Operação Pubblicare.
A decisão foi expedida pelo juiz Jean Garcia de Freitas Bezerra, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá. Ele pontuou que as provas apresentadas no inquérito policial são suficientes para indiciar o vereador, que está afastado das suas funções, e é monitorado por tornozeleira eletrônica desde que saiu do complexo penitenciário Ahamenon Lemos Dantas.
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Além de Paulo Henrique, foram indiciados José Márcio Ambrósio Vieira, que irá responder por lavagem de dinheiro e organização criminosa, bem como José Maria de Assunção e Rodrigo Anderson de Arruda Rosa que além dos crimes citados, responderão também por corrupção passiva. Por fim, também foi indiciado Ronnei Antônio Souza Filho por corrupção ativa.
RAGNATELA
Paulo Henrique é um dos alvos da Operação Ragnatela, deflagrada no dia 5 de junho para cumprir mais de 40 mandados, entre prisões preventivas e busca e apreensão. As investigações apontaram para um esquema de compra de casas noturnas e realização de eventos em Cuiabá para a lavagem de dinheiro da facção criminosa Comando Vermelho. As investigações apontam que o grupo tenha lavado cerca de R$ 40 milhões, provenientes do tráfico de drogas e de outras ações criminosas. Dessa operação, Paulo Henrique foi alvo apenas de mandado de busca e apreensão.
PUBBLICARE
A Força Integrada de Combate ao Crime Organizado de Mato Grosso (FICCO-MT) deflagrou, em setembro, a Operação Pubblicare para cumprir ordens judiciais contra o núcleo de uma organização criminosa formado por servidores públicos, na qual Paulo Henrique, que colaboravam com membros do Comando Vermelho na lavagem de dinheiro por meio da realização de shows e eventos em casas noturnas de Cuiabá.