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Judiciário Segunda-feira, 22 de Abril de 2024, 12:11 - A | A

Segunda-feira, 22 de Abril de 2024, 12h:11 - A | A

OPERAÇÃO APITO FINAL

Esposa de tesoureiro do CV diz ter filho pequeno, mas STJ nega prisão domiciliar

Defesa também alegou que Cristiane Rosa Prins não faz parte da organização criminosa

Bruna Cardoso

Repórter | Estadão Mato Grosso

Cristiane Patrícia Rosa Prins, esposa do tesoureiro do Comando Vermelho, Paulo Winter Farias Paello, teve habeas corpus negado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). A defesa alegou que ela é mãe de uma criança que necessita de cuidados. A decisão é da ministra Maria Thereza de Assis Moura, presidente do STJ, e foi publicada no Diário de Justiça desta segunda-feira, 22 de abril.

“Ante o exposto, com fundamento no art. 21-E, IV, c/c o art. 210, ambos do RISTJ, indefiro liminarmente o presente habeas corpus”, decidiu.

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A defesa também alegou que Cristiane não faz parte da organização criminosa e que o apartamento e o carro apreendidos durante as investigações eram de uso da família. Por isso, o advogado de Cristiane pediu a concessão de prisão domiciliar.

Ao analisar o pedido, a ministra explicou que o STJ não pode julgar o habeas corpus, pois o Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) ainda não havia julgado o pedido. Entretanto, Moura também explicou que o STJ não concede habeas corpus para pessoas envolvidas em organizações criminosas.

“Em especial quanto à tese de que deve haver a substituição da segregação cautelar pela prisão domiciliar, não há teratologia pois a paciente integra, em tese, organização criminosa (fl. 53), situação excepcional passível de afastar a concessão desse benefício, segundo alguns precedentes do STJ”, finalizou.

ENTENDA

Cristiane Patrícia Rosa Prins e Paulo Winter Farias Paello, conhecido como 'WT', foram presos na operação Apito Final, deflagrada no dia 29 de março. WT é apontado como tesoureiro do Comando Vermelho em Mato Grosso e fundou um time de futebol amador apenas para lavar o dinheiro da facção criminosa. Batizado de “Amigos do WT”, o time disputava torneios amadores em Cuiabá e em outros estados do Brasil.

Durante a investigação, a Polícia descobriu que Cristiane teria se interessado em comprar um apartamento de luxo por valor abaixo do mercado e, em conversas com outra pessoa, que também integra a facção, teria conversado sobre os depósitos e os cuidados a serem adotados para não levantar suspeitas das autoridades.

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