O desembargador do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), Paulo da Cunha, acolheu o pedido do advogado Jonas Cândido da Silva e substituiu sua prisão por medidas cautelares. A decisão é desta sexta-feira, 2 de agosto. Ele era pré-candidato a vereador por Cuiabá e foi preso em abril deste ano, na deflagração da Operação Apito Final, pela Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO). O caso tramita sob sigilo.
O magistrado impôs como medidas cautelares o comparecimento mensal em juízo para informar e justificar suas atividades; obrigação de manter o endereço atualizado e comunicar a justiça sobre eventual mudança; proibição de sair de Cuiabá sem autorização judicial e proibição de manter contato e realizar transações bancárias com outros investigados. Ele não usará tornozeleira eletrônica.
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A Operação Apito Final mirou o núcleo financeiro da facção criminosa Comando Vermelho, tendo como principal alvo Paulo Witer Farias Paelo, o WT. As investigações apontam que ele e sua colega de profissão, Fabiana Félix de Arruda Souza, passaram a atuar como laranjas de WT na compra de veículos e imóveis.
Consta que ele comprou um imóvel no Condomínio Primor das Torres, em Cuiabá, em janeiro de 2022, mas a movimentação para pagamento do imóvel não foi localizada pelos investigadores. De acordo com a GCCO, o imóvel adquirido por Jonas seria, na verdade, de Paulo Witer e sua esposa, Cristiane Patrícia, além de que o valor declarado estaria muito abaixo do preço praticado no mercado, para o mesmo condomínio.
As investigações também apontaram que o nome de Jonas foi usado para a compra de dois terrenos em Várzea Grande, onde Paulo Witer montou o Supermercado Alice, utilizando a sogra, Maria Aparecida, como laranja.
Segundo os investigadores, no período de dois anos, Jonas teria movimentado mais de R$ 3 milhões, entre crédito e débito, inclusive transacionando valores com diversos investigados da operação, mesmo sem ter comprovação do lastro financeiro.