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Política Quarta-feira, 31 de Março de 2021, 06:00 - A | A

Quarta-feira, 31 de Março de 2021, 06h:00 - A | A

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Vereadora comemora força-tarefa de vacinação e diz que é efeito de suas cobranças

Neusa Baptista | Assessoria de Imprensa

A vereadora Edna Sampaio (PT) avaliou que a iniciativa da prefeitura municipal de montar uma força-tarefa para vacinar três mil idosos a partir desta quarta (31) reflete o resultado da pressão que ela e seu partido têm feito, inclusive judicialmente, para cobrar medidas urgentes contra as irregularidades na gestão da pandemia na capital.

Nesta terça (30), a Secretaria Municipal de Saúde anunciou que nos próximos dias, estarão sendo abertas mais 1,5 mil vagas para a aplicação da primeira dose em idosos entre 75 a 79 anos e 1,5 mil vagas para a segunda dose dos idosos acima de 80 anos.

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“Isso já é o efeito das nossas ações para pedir à justiça e à prefeitura municipal de todas as formas que a gente tem, para que a vacinação seja acelerada. Somos a terceira capital em que mais morrem pessoas e também uma das últimas em vacinação”, disse ela. “É preciso acelerar esse processo, vamos continuar de olho e vamos continuar indicando que seja centralizada a vacinação para que as pessoas das periferias, dos bairros também tenham o direito à imunização e que nós possamos fazer através do drive-thru”.

Processos
Um dos processos é um mandado de segurança coletivo impetrado por ela e pelo seu partido contra o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) e a secretária de saúde, Ozenira Félix, cobrando medidas, pedindo a suspensão imediata das aglomerações no centro de eventos do Pantanal a descentralização da vacinação, com a criação de novos polos de imunização, e a adoção do sistema drive thru.

Nesta segunda (29), ela protocolou junto ao Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJ-MT) apelação contra a decisão do juiz Gerardo Humberto Alves da Silva Júnior, da 4ª Vara Especializada da Fazenda Pública de Cuiabá, que indeferiu o mandado.

A vereadora defendeu que houve violação ao “pleno exercício do direito líquido e certo à vida e à saúde”, pois idosos e população estão sendo impedidos de exercerem o direito ao isolamento social, à não exposição à contaminação e ao atendimento digno.

Ela também aguarda que estado e município se manifestem sobre o mandado de injunção impetrado por ela, pelo partido e pelo deputado estadual Lúdio Cabral, onde pediam que o governo e municípios fossem obrigados pela justiça a pagar um salário mínimo e a criar política de transferência de renda para as famílias mais pobres.

Na decisão, o juiz Alexandre Elias Filho, do TJ-MT, convocou os executivos estadual e municipal para prestar esclarecimentos.

“É um absurdo o que está acontecendo, Cuiabá está vacinando muito menos do que as doses que recebeu; cerca de 60% das doses já foram aplicadas, e os outros 40%, porque não foram aplicadas ainda? Não estamos seguindo a ciência nas estratégias de contenção do vírus, continuamos com o vírus circulando à vontade, não estamos vacinando de forma acelerada, precisamos assumir a nossa responsabilidade”, disse ela.

Lockdown

Para a vereadora, a decisão do Tribunal de Justiça, publicada nesta segunda (29), determinando que Cuiabá e os demais municípios classificados como de risco “muito alto” de contaminação devem seguir decreto estadual e adotar quarentena coletiva obrigatória pelo prazo de 10 dias, "legaliza a estratégia do governador de lavar as mãos e fazer um decreto indicando para os municípios em alto risco para fazerem lockdown, mas como fazer isso sem que o governador dialogue com esses prefeitos e crie as condições para a realização dessa quarentena?”, disse ela.

“Esperamos que a prefeitura enfim se convença da necessidade de seguir as orientações da ciência. É impossível aceitar que a capital de Mato Grosso fique na lanterninha em relação à vacinação, e no topo, em relação às mortes. Está na hora de fazer lockdown responsável, com renda para as pessoas que não têm condições de ficar em casa e sobreviver nesse momento tão difícil”.

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