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Política Sexta-feira, 17 de Março de 2023, 10:11 - A | A

Sexta-feira, 17 de Março de 2023, 10h:11 - A | A

BARRACO NA CÂMARA

Vereador insinua que Edna demitiu grávida para contratar o próprio marido por R$ 32 mil

Dilemário citou proximidade de datas entre pedido de cessão e demissão

Gabriel Soares

Editor-Chefe | Estadão Mato Grosso

O vereador Dilemário Alencar (Podemos) apelou ao presidente da Câmara de Cuiabá, Chico 2000 (PL), para que não permita a cessão do servidor público estadual Willian Cesar Sampaio ao Legislativo municipal. Durante a sessão desta quinta-feira, 16 de março, Dilemário cobrou o envio de um ofício à Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag) formalizando a desistência do pedido de cessão do servidor.

Willian é esposo da vereadora Edna Sampaio (PT) e recebe salário de R$ 32 mil no Estado, valor que será pago pela Câmara de Cuiabá caso a transferência se concretize. Diante disso, Dilemário chegou a afirmar que a transferência de Willian para a Câmara poderia configurar nepotismo - quando um agente público usa seu cargo para nomear, contratar ou favorecer um ou mais parentes.

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“O prazo da cessão seria por dois anos. Neste período, a Câmara teria que arcar com mais de R$ 840 mil para pagamento de salários do esposo da vereadora, visto que o Willian recebe do governo do estado salário mensal de R$ 32 mil”, afirmou.

“Não poderia deixar de questionar mais esse episódio negativo protagonizado pela vereadora Edna. É claro que é esse pedido de cessão tem ares de nepotismo. [...] Uma desfaçatez com o dinheiro público! Um ato imoral”, vociferou.

Dilemário ainda chegou a insinuar que haja alguma ligação entre a transferência de Willian Sampaio para a Câmara e a demissão da servidora Laura Natasha Abreu, que era chefe de gabinete de Edna e estava grávida quando foi exonerada.

“Também o que chama atenção é que o pedido para o esposo da vereadora trabalhar na Câmara, foi assinado dia 24 de novembro, e logo depois, no dia 29 de dezembro, a vereadora Edna assina oficio solicitando a Secretaria de Gestão da Câmara a demissão da servidora Laura Abreu, que estava grávida”, pontuou. 

Por fim, o vereador já se defendeu das acusações de que as críticas feitas contra Edna Sampaio seriam alguma forma de perseguição étnica ou de gênero. Ele citou que mantém boas relações com outras mulheres petistas e disse que Edna recorre a esse argumento para criar uma ‘cortina de fumaça’, mudando o foco do debate.

“Respeito todas as mulheres, mas ato de mau exemplo deve ser questionado, seja cometido por homem ou mulher. Inclusive, eu mantenho boa relação com mulheres petistas, como a ex-vereadora Enelinda Scala, a ex-deputada federal Rosa Neide e a ex-senadora Serys Shessarenko, que foi filiada no PT por muito tempo. São mulheres que, no exercício dos mandatos eletivos orgulharam seus eleitores, não protagonizaram situações constrangedoras como as que vêm ocorrendo com a vereadora Edna”, concluiu.

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