O secretário-chefe da Casa Civil, Fábio Garcia, disse que ainda não foi conversado dentro do União Brasil a possibilidade de contratação de uma pesquisa interna para avaliar o cenário político na Baixada Cuiabana. O partido vive uma crise interna, pois há dois correligionários querendo ser cabeça de chapa a prefeito de Cuiabá nas eleições de 2024. Um deles é o próprio Garcia, afilhado político do presidente estadual da sigla e governador Mauro Mendes. Contudo, outra ala defende o nome do presidente da Assembleia Legislativa, deputado Eduardo Botelho, que tem pontuado bem nas pesquisas eleitorais.
Para Garcia, essas discussões devem ser pautadas apenas em 2024, após o mês de janeiro.
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“De que eu saiba, não [intenção de realizar pesquisas]. Do que eu saiba, a gente não falou até agora dentro da União Brasil de contratação de nenhuma pesquisa com fins eleitorais. Eu acredito que o governador queira deixar esse processo realmente para o ano que vem”, disse à imprensa nesta segunda-feira, 07 de agosto.
Apesar disso, o partido deve tomar uma decisão ainda este ano. Isso porque Botelho tem sido sondado por diversas legendas, que sonham em tê-lo entre seus filiados, já que as pesquisas mostram chances reais de vitória do deputado. Os partidos querem uma resposta de Botelho até outubro deste ano, para que haja tempo de negociar a composição com outras legendas.
As conversas de bastidores apontam que o deputado tem se aproximado do Republicanos, partido do vice-governador Otaviano Pivetta. Caso escolha essa legenda, Botelho não se afastaria da gestão estadual, da qual faz parte da base desde o primeiro mandato, que se iniciou em 2019.
Outro partido que tem "namorado" o parlamentar é o PSD, comandado em Mato Grosso pelo ministro da Agricultura e Pecuária (Mapa), Carlos Fávaro. Diferente do cenário anterior, essa escolha poderia estremecer a relação do deputado com o governador Mauro Mendes, uma vez que o ministro rompeu com ele em meio às eleições do ano passado e decidiu apoiar a candidata Marcia Pinheiro (PV), esposa do atual prefeito Emanuel Pinheiro (MDB). Os dois gestores nutrem uma relação que ultrapassa a oposição republicana, chegando à beira da inimizade.
Semana passada, Botelho disse que há um acordo no União Brasil que, caso decida deixar o partido, terá a carta de anuência. O deputado comentou que ainda não discutiu com as lideranças do partido sobre quais critérios serão observados para escolher o postulante.
O parlamentar afirma que pretende continuar no partido, mas, as conversas de bastidores apontam que sua saída é dada como certa.
