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Política Sexta-feira, 11 de Abril de 2025, 20:23 - A | A

Sexta-feira, 11 de Abril de 2025, 20h:23 - A | A

AÇÃO RÁPIDA

Procurador assassino é afastado do cargo e fica proibido de “pisar os pés” na Assembleia

Da Redação

Redação | Estadão Mato Grosso

O procurador Luiz Eduardo Figueiredo Rocha e Silva foi afastado de suas funções e está impedido de frequentar as dependências da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) pelo prazo de 60 dias. A decisão é do presidente da Casa, deputado Max Russi (PSB), em decorrência do assassinato a sangue frio cometido pelo procurador na noite da última quarta-feira, 9 de abril. O afastamento foi publicado no Diário Oficial da ALMT nesta sexta, 11.

"Fica proibido o acesso do mencionado servidor às repartições internas da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, bem como o acesso a sistemas eletrônicos internos, posse de equipamentos e de documentos durante a vigência desta Portaria, salvo para prática de atos inerentes à sua defesa", diz trecho do documento.

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O afastamento ainda poderá ser prorrogado por mais 60 dias quando o prazo acabar. A Assembleia deve instaurar um Processo Administrativo Disciplinar (PAD) contra o procurador, que é servidor efetivo da Casa.

Luiz foi preso em flagrante na tarde desta quinta-feira, 10, ao se apresentar na Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) para narrar os fatos cometidos na noite anterior. Na tarde desta sexta, ele teve a prisão em flagrante convertida para preventiva pela Justiça.

O procurador assassinou o morador de rua Ney Müller Alves Pereira com um tiro na testa na última quarta-feira. A vítima teria atirado pedras em vários veículos durante um suposto surto psicológico na região próxima ao Shopping Três Américas.

As investigações apontam que Luiz procurou a Polícia Militar na noite do crime após ver seu carro depredado. Mesmo assim, ele saiu para jantar com a família e a levou em casa, retornando a região mais tarde, ocasião em que encontrou Ney nas proximidades da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), na rua Edgar Vieira, bairro Boa Esperança.

Ao ver o homem, Luiz parou seu carro, chamou a vítima e, quando esta se aproximou do veículo, disparou um tiro contra ela, acertando sua testa fatalmente.

Ney morreu na hora, sem chance de esperar pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).

 

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