O deputado estadual Júlio Campos acredita que a presença do deputado federal Fábio Garcia na Casa Civil do governo estadual não irá prejudicar o trabalho de convencimento do presidente da Assembleia Legislativa, deputado Eduardo Botelho, dentro do União Brasil para ser escolhido como candidato do partido para prefeito de Cuiabá na eleição do próximo ano.
Nesta semana, foi promovida uma dança das cadeiras dentro do União. O secretário-chefe da Casa Civil, Mauro Carvalho, foi para o Senado Federal para ocupar a cadeira do senador Wellington Fagundes (PL), que se licenciou do cargo para tratamento de saúde, durante 121 dias.
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Em seu lugar, o governador Mauro Mendes (União) escolheu seu pupilo Fábio Garcia. Nos bastidores comenta-se que a ida de Garcia é dada como estratégia para ele trabalhar sua candidatura a prefeito de Cuiabá. Atualmente, ele enfrenta uma disputa interna com Botelho.
Na Câmara, a primeira suplente do União, Gisela Simona, ficará no cargo até o retorno de Fábio.
“Eu acho que vai dar condição de [disputa] igualitária, porque Eduardo Botelho está aqui em Cuiabá com o presidente da Assembleia, que é uma máquina política muito grande. E o Fábio Garcia está lá em Brasília como deputado federal, e ele apenas comparece a alguns eventos aqui. Então, eu acho que enquanto isso não há preocupação. A candidatura de Botelho com o Fábio Garcia na Casa Civil ou sem Fábio Garcia vai continuar sendo trabalhada e fortificada dia a dia”, avaliou.
“Acho que está cumprindo um compromisso político assinado com a Gisela Simona, que ela iria assumir a Casa Civil. Aproveitou a oportunidade para melhorar a situação dele. O desempenho dele aqui na Casa Civil vai melhorar o desempenho dele nas pesquisas eleitorais, com certeza”, acrescentou.
DISCUSSÕES SOMENTE EM 2024
Eduardo Botelho (União), anunciou no mês passado que vai dar uma pausa nas discussões sobre as eleições de 2024. Em entrevista à imprensa, ele disse que há um entendimento no União Brasil de que o assunto só deve ser tratado a partir do ano que vem.
Ele vive na sigla uma "guerra" interna com o deputado federal Fábio Garcia, que também pretende ser candidato a prefeito de Cuiabá. Essa situação tem provocado um racha no partido entre os que apostam no Botelho e outros que querem Fábio Garcia.
Botelho vem costurando esse projeto desde o início do ano. Ele tem recebido convites de partidos, como MDB e PSD, para migrar aos seus quadros dando total liberdade para construir suas articulações. A legenda que está em processo de criação, o Mais Brasil, também tem interesse em ter o deputado.
