A delegada Daniela Maidel, diretora de Polícia Civil de Mato Grosso, está acompanhando as investigações sobre o assassinato de Raquel Cattani, filha do deputado estadual Gilberto Cattani. Maidel contou nesta terça-feira, 23, que nenhuma linha de investigação está descartada, inclusive de um possível crime passional. A vítima foi morta a facadas na última sexta-feira, 19, na fazenda da família no Pontal do Marape, em Nova Mutum (241 km de Cuiabá).
“Bem, eu acredito que a autoridade policial responsável pela inquirição dessa pessoa [ex-marido de Raquel] tenha reunido indícios suficientes que não permitiu a elaboração, por exemplo, um alto de prisão em flagrante. Nós temos que ter indícios suficientes para que apontem essa pessoa. Com certeza, e confiando no trabalho das equipes de lá, eles não tiveram esses elementos que num primeiro momento que indicassem que esse suspeito estaria envolvido. Mas eu repito, nada está sendo descartado até o momento”, explicou.
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A casa de Raquel, de 26 anos, foi revirada, alguns pertences foram levados e ela foi morta com cerca de 35 facadas. Segundo o laudo da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec), a jovem lutou pela vida. O ex-companheiro de Raquel, Romeu Xavier, chegou a ser ouvido pela Polícia Civil, no mesmo dia do assassinato, mas seu envolvimento no crime foi preliminarmente descartado.
“Como uma investigação exige, nenhuma hipótese está sendo afastada até agora. Existem algumas linhas que ganham um pouco mais de força, mas no momento nós não podemos excluir nenhuma hipótese que seja um crime, que seja um feminicídio ou que seja um crime motivado por questões patrimoniais, ainda nada está afastado. É importante que se trabalhe assim, nós queremos chegar na verdade real dos fatos”, disse.
Até o momento nenhum suspeito foi preso e nenhum pertence da vítima foi encontrado. As autoridades policiais e o Corpo de Bombeiros segue contribuindo na busca dos pertences roubados e de um possível suspeito.
