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Política Quinta-feira, 27 de Junho de 2024, 18:11 - A | A

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Nininho defende uso do “correntão” para combater incêndios no Pantanal

Deputado criticou os métodos empregados pelos bombeiros no combate às chamas

Fernanda Leite

Repórter | Estadão Mato Grosso

O deputado estadual Nininho (PSD) criticou todos os métodos aplicados pelo Governo do Estado para conter os focos de incêndio no Pantanal. Ele sugeriu o uso da técnica de desmatamento conhecida como “correntão”. A declaração foi feita na tribuna da Assembleia Legislativa na manhã da última quarta-feira, 26 de junho.

"Eu tenho uma visão totalmente diferente do que eu tenho visto na televisão. Enquanto nós estivermos correndo atrás do fogo, eles podem levar todas as aeronaves e todos os caminhões-pipas que tiver por aqui, que não vão conseguir apagar esse fogo nunca. Na minha visão estratégica está errado. Você só vai contrapor o fogo, pondo o fogo ao contrário. Eu gostaria que na audiência pública da Assembleia, esses responsáveis venham aqui para explicar. Eles têm que programar e contra-atacar, tem um corixo, é natural que se não por fogo contra, ele venha um fogo em grande proporção. [...] Estou falando como alguém que trabalhou na roça. [...] Agora, esse negócio de avião e pegar 500 litros de água e jogar, isso não vira nada, só vai dar ibope para a televisão", criticou.

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Ao defender o uso da técnica de desmatamento conhecida como “correntão”, o parlamentar ainda criticou os ambientalistas. Ele afirmou que é necessário usar o método para abrir aceiros rapidamente.

"Se não mudar as estratégias e ver as propriedades que dá pra passar grade e meter 2 ou 3 tratores e faz um aceiro com grade... Daí é capaz de vir algum ambientalista sem futuro falar que não pode gradear o Pantanal. Então, queremos preservar o Pantanal para mudar a estratégia", opinou.

Presidente da Comissão Especial de Observatório Socioeconômico, Carlos Avallone (PSDB), que acompanha as ações no Pantanal, criticou a fala do seu colega.

"Houve um engano do Nininho, não é uma área de soja ou de milho. Por isso, eu contei a história do cavalo pantaneiro e do pantaneiro. Tem gente que não tem noção do que é o Pantanal. Esse fogo que começou em Poconé pulou o rio Paraguai e foi para Cáceres e voltou para o rio Paraguai e está queimando desde janeiro. Você precisa entender o Pantanal. Por 4 máquinas, você não consegue chegar lá. O bombeiro é largado no meio do Pantanal, no meio do fogo. Tem abafador, respirador e tudo isso que você fala. O contrafogo ocorre quando é necessário, mas no Pantanal é impossível fazer [como o Nininho diz]", afirmou.

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