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Política Terça-feira, 25 de Junho de 2024, 12:30 - A | A

Terça-feira, 25 de Junho de 2024, 12h:30 - A | A

CONFUSÃO NA UTI

Médico revela ter sofrido ameaças e humilhações por parte de vereador

Fernanda Leite

Repórter | Estadão Mato Grosso

O médico Marcos Vinícius Ramos, que denunciou o vereador Marcrean Santos (MDB) por abuso de autoridade ao invadir a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do antigo Pronto-Socorro Municipal de Cuiabá, esteve na manhã desta terça-feira, 25 de junho, na Câmara Municipal e revelou que sofreu ameaças e humilhações por parte do parlamentar que teria invadido a ala hospitalar dando "carteirada". 

"No dia 8 deste mês, a paciente tinha um problema no pulmão, a gente tomografou e pediu avaliação de cirurgia torácica e no outro dia o vereador apareceu na UTI no outro dia, querendo informações, me carteirando, me ameaçando, me apertando, porque simplesmente eu disse que a gente estava em assistência a outros pacientes e ele não gostou da minha resposta e começou a gritar e entrou na UTI. O que ocorreu foram sucessões de ameaças, intimidações e humilhações", comentou. 

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Conforme o médico, Marcrean disse que iria acionar o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) e o secretário de Saúde, Deiver Alessandro Teixeira.

O médico Marcos Vinícius disse que já se colocou à disposição do Conselho Regional de Medicina (CRM) para apurar as declarações do vereador com relação a morte da paciente. "A paciente infelizmente teve uma intercorrência cirúrgica e evoluiu mal e foi a óbito. No momento do atendimento foi muito rápido, a sequência de atendimento. Porque ela chegou com uma coisa e a gente diagnosticou outra coisa, o atendimento foi resolutivo. O atendimento foi correto. No dia que ela chegou no dia 8 ela foi avaliada por toda equipe e posteriormente ela piorou", explicou.

O médico diz que Marcrean tem que provar as acusações porque existe um prontuário com todas as informações da paciente. "Eu ouvi ele dizendo que foi por causa da briga, mas ele tem que provar que o prontuário é eletrônico, eu já pedi para o CRM apurar a minha conduta. A função do vereador é fiscalizar o Executivo e não a função médica, mas eu entendo familiares buscarem informações e na medida do possível a gente tenta informar, mas naquele dia não dava e não conseguimos por causa da correria", comentou.  

O médico protocolou uma denúncia contra o vereador Marcrean, porém o pedido foi rejeitado por falta de documentos. O médico não confirmou se irá apresentar novamente um outro pedido de abertura de uma Comissão Processante contra o parlamentar. Na Câmara também existem outras duas representações contra o vereador, sendo uma do Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso (CRM-MT) e dos vereadores Rogério Varanda (MDB) e Luiz Fernando (União). 

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