O governador Mauro Mendes (UB) negou que tenha ocorrido vazamento de informações da "Operação Office Crime - A Outra Face", deflagrada pela Polícia Judiciária Civil (PJC). E ainda, que não haverá proteção aos policiais envolvidos no assassinato do advogado e ex-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-MT) Renato Nery, morto em julho de 2024.
“Quem falou de vazamento de informação? O que foi exatamente é o seguinte, a Polícia Civil investigou, descobriu-se e cuidado com as informações que são vinculadas, que não retratam a realidade e a verdade. As pessoas trabalham em diversos batalhões, trabalham no Governo, trabalham na Casa Militar. Estas movimentações, elas são feitas a critério do nosso Comando-Geral e dos batalhões. O fato é: a Polícia Civil investigou e descobriu possível envolvimento de alguns policiais e o nível de envolvimento deles precisam ser melhor detalhado e o Governo nunca interfere nisso e, a PJC fez a investigação e determinou os atos que são de conhecimento público”, declarou o governador durante entrevista nesta sexta-feira (7).
- FIQUE ATUALIZADO: Entre em nosso grupo do WhatsApp e receba informações em tempo real (clique aqui)
- FIQUE ATUALIZADO: Participe do nosso grupo no Telegram e fique sempre informado (clique aqui)
Mendes reafirma que o Governo jamais irá defender algum servidor público que cometer qualquer tipo de crime. "Já demonstramos isso quando fizemos demissões, quando fizemos isso no primeiro escalão do governo. Doa a quem doer", avisou.
As investigações da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) apontam que os militares do Batalhão de Ronda Ostensiva Tático Metropolitana (Rotam), presos na operação, teriam forjado um confronto e supostamente plantado a arma que matou o advogado nas mãos de criminosos que entraram em confronto com a Rotam seis dias após a morte de Nery.
O governador falou ainda que quem cometeu "qualquer tipo de falhas irá responder administrativamente e judicialmente".
FARDA MANCHADA
Nesta quinta-feira (06), cinco militares da Rotam e o caseiro de uma propriedade rural foram presos pela DHPP no âmbito da operação "Office Crime - a Outra Face". Os alvos teriam participado de toda a operação para executar o advogado e foi o caseiro quem teria apertado e ceifado a vida de Renato Nery, morto na porta do seu escritório na Avenida Fernando Corrêa da Costa, em Cuiabá.
Até o momento, as equipes da DHPP ainda procuraram por um último militar da Rotam, que saiu para pescar na madrugada desta quinta-feira, horas antes das forças policiais baterem na porta da sua casa. O nome do último policial foragido é Heron Teixeira Pena, 3° sargento da Rotam.
Além de Heron, foram alvos da operação:
- Alex Roberto de Queiroz Silva - Caseiro
- Jorge Rodrigo Martins - Segundo-sargento da Rotam
- Leandro Cardoso – Terceiro-sargento da Rotam
- Wailson Alesandro Medeiros Ramos – ex-segurança de proteção de dignitários da Casa Civil
- Wekcerlley Benevides de Oliveira – Soldado, lotado no Comando-geral-adjunto da PMMT
Ainda nesta quinta-feira, todos os alvos que haviam sido presos pelas forças policiais tiveram suas prisões mantidas após audiência de custódia.
Leia mais sobre o caso aqui.
VEJA VÍDEO: