O governador Mauro Mendes (União) avaliou de forma negativa a condução do governo Lula (PT) e alertou que a situação pode piorar até o final do mandato do petista, em 2026. Na avaliação de Mauro, Lula repetiu a fórmula do seu primeiro governo, o que acabou sendo uma aposta errada para os problemas atuais do Brasil.
“Acho que o governo começou, na minha opinião, e eu já disse isso algumas vezes, de forma equivocada, criou muitos ministérios. O Lula 3.0 adotou uma receita do Lula 1.0 e não está dando certo. O Congresso é outro, o Brasil é outro. Se passaram mais de 20 anos e a realidade política do país é outra e, se o cenário econômico der uma pioradinha, acho que as coisas podem complicar para o governo, mas infelizmente complica também para o Brasil”, afirmou Mauro, em entrevista à Rádio Jovem Pan.
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O governador apontou que Lula ‘perdeu’ a oportunidade de aprovar medidas necessárias durante os dois primeiros anos de seu mandato e lembrou que, agora, o governo se encaminha para o final e a tendência é de que haja mais resistência do Congresso.
“Então, quem tomou medidas corretas no começo, vai colher o bom resultado disso. Quem não tomou, a tendência é de agora para a frente as coisas ficarem um pouco mais complicadas. O Congresso está arredio, existe uma oposição forte. Isso pode complicar um pouco mais o cenário político para tomar decisões neste momento”, pontuou.
Apesar das críticas, Mauro ressaltou que torce para que o governo Lula ‘dê certo’, já que as contas de eventuais problemas acabam sendo pagas por toda a população brasileira. Ele ainda ressaltou que nunca jogou contra o petista, apesar de ter manifestado opinião contrária quando necessário.
“Eu torci, como qualquer brasileiro de bom senso tem que torcer para quem está no poder dê certo, porque se dá errado, quem paga a conta no final do dia é a grande maioria da população, principalmente aqueles que têm menor condição social”, pontuou.
O governador também criticou o decreto assinado recente pelo presidente, que limita o uso da força policial durante as ocorrências. Além das críticas aos limites estabelecidos, Mauro enfatizou que não se pode fazer política à base da ameaça, já que o decreto prevê o corte de recursos federais para os estados que não seguirem as medidas.
“Então, essa barganha de propor: ‘olha, vou fazer um decreto aqui, quem não seguir minhas regras não tem o meu dinheiro...’ não é assim que se negocia também. Eu não gosto disso, eu não faço isso com os meus prefeitos e acho que o presidente não deveria fazer isso com os governadores”, concluiu.