O governador Mauro Mendes (União) defendeu investigação mais profunda sobre a morte do jovem Thiago Graciote Moraes, 29 anos, durante uma intervenção policial no último sábado, 5 de agosto, em Cotriguaçu (a 943 km de Cuiabá). A versão oficial da PM é de que a vítima avançou contra um dos policiais e levou a mão à cintura, mas um vídeo gravado por testemunhas mostra o jovem se afastando dos policiais.
Por meio de nota, a Polícia Militar informou que afastou imediatamente o policial envolvido na ocorrência em Cotriguaçu.
- FIQUE ATUALIZADO: Entre em nosso grupo do WhatsApp e receba informações em tempo real (clique aqui)
- FIQUE ATUALIZADO: Participe do nosso grupo no Telegram e fique sempre informado (clique aqui)
Em conversa com jornalistas nesta segunda, 7, Mauro disse que confia na Polícia Militar e que o governo não compactua em casos de violência. Ele enfatizou que não irá 'passar a mão na cabeça' de ninguém, caso seja comprovada atuação irregular do militar.
“Qualquer tipo de violência tem que ser recriminada. O governo não compactua com isso. Nós estamos aguardando e tenho absoluta convicção de que a própria Polícia Militar, o Ministério Público e os órgãos competentes farão as investigações. Se alguém cometer algum erro, essa pessoa tem que responder na forma da lei”, defendeu.
“O governo, sob hipótese alguma, vai passar a mão na cabeça de quem quer que seja que cometa um erro. Eu confio muito na instituição Polícia Militar do Estado de Mato Grosso. Entretanto, lá nós temos mais de 7 mil cidadãos, profissionais, servidores e, às vezes, essas pessoas podem cometer falhas. E, se cometer, vão ter que responder de acordo com a legislação brasileira”, complementou.
Em nota, o comandante-geral da Polícia Militar, coronel Alexandre Mendes, destacou que a instituição está empenhada em investigar o caso para dar uma resposta à sociedade. Ele ainda destacou que é necessário “ver o que o celular não pôde ver” e destacou que o policial, durante a abordagem, precisa interpretar as mãos que vão à cintura rapidamente.
Leia mais: PM executa homem desarmado; vídeo contradiz versão oficial
Comandante-geral ressalta mão na cintura, mas não descarta “cortar a própria carne”
O CASO
Thiago Graciote Moraes foi executado com dois tiros na madrugada de sábado por um policial militar que foi atender a uma ocorrência de som alto e, posteriormente, abordou um grupo, apontado por estar brigando.
Thiago e outro homem, identificado como Samuel Santos Pimenta, se recusam a obedecer à ordem de abordagem e saíram do local, mas foram seguidos pelo militar. O agente e Samuel brigam e Thiago se coloca entre eles, desafiando o policial a atirar, ao mesmo tempo em que leva rapidamente a mão à cintura.
Na sequência, o policial efetua dois disparos, que matam Thiago.