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Política Terça-feira, 18 de Abril de 2023, 12:26 - A | A

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Mauro: detector de metais não pode virar novo respirador da pandemia

Governador participou do encontro nacional para debater segurança nas escolas

Rafael Machado

Repórter | Estadão Mato Grosso

O governador Mauro Mendes (União) defendeu nesta terça-feira, 18 de abril, a adoção de medidas para agir na raiz da violência do país, como forma de combater o número crescente de ataques a unidades de ensino. A fala foi feita durante reunião para discutir segurança das escolas em Brasília, com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ministros e outros governadores.

Durante sua fala, Mauro disse que o cenário atual é reflexo dos crescentes casos de violência em escolas dos últimos 30 anos e, por isso, é necessário achar meios de combater o mal pela raiz, com ações de longo prazo para frear a onda de atentados.

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“Mas não dá para fazer uma corrida para comprar detector de metais e transformar o detector de metais no novo respirador da pandemia. O preço já explodiu! Colocar muros, colocar o polícia, claro, não tiro o mérito de cada governador ou prefeito que possam fazer algo, mas precisamos agir no DNA da violência do nosso país e fazer com que nós possamos desestruturar as causas, que estão trazendo essas graves consequências”, comentou.

Na avaliação do governador, a violência no país tem origem muito profunda, nasce pela desigualdade social e se alimenta por um sistema Judiciário lento e por um sistema penitenciário que não consegue ressocializar os jovens. Segundo o governador, o sistema prisional se tornando uma espécie de 'faculdade do crime', pois não consegue cumprir seu papel.

“E quando digo isso, eu me baseio em uma estatística amplamente divulgado que 85% dos egressos do sistema penitenciário brasileiro voltam a praticar crimes. As facções criminosas cada vez mais aumentam, ampliam a sua força, se alastram em todos os estados, em quase todas as cidades brasileiras. No meu estado, me mostraram esses dias, uma estatística onde todas as minhas forças de segurança têm em torno de 15 mil profissionais, enquanto uma única facção tem mais de 20 mil filiados cadastrados no meu querido Mato Grosso”, relatou.

Mauro parabenizou as ações conduzidas pelos ministros da Educação, Camilo Santana, e de Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, por conduzir diálogos para combater o cenário que se tornou nas escolas do Brasil. Além disso, ele também elogiou a fala do presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, de que “o que não pode no mundo real não poderia no mundo virtual”.

“Os jogos de violência na internet são centenas. Esses jogos, de alguma forma, o pensamento, o comportamento e a prática desses jovens. Hoje nós estamos aqui porque em Santa Catarina aconteceu esse episódio. Há pouco dias, no meu estado, alguém chegou num bar e matou sete pessoas a sangue frio [chacina de Sinop], inclusive uma criança. No ano passado no Paraná alguém entrou em uma cidade e aquelas cenas que pareciam filme de Hollywood, com metralhadoras, aterrorizando todo a cidade para assaltar banco, há pouco dias atrás (SIC) foi no norte de Mato Grosso”, relembrou.

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