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Política Segunda-feira, 07 de Agosto de 2023, 19:15 - A | A

Segunda-feira, 07 de Agosto de 2023, 19h:15 - A | A

FRENTE SUL-SUDESTE

Mauro critica polarização lançada pelo governador de Minas, em entrevista à Folha

Rafael Machado

Repórter | Estadão Mato Grosso

O governador Mauro Mendes (União) criticou o posicionamento do governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), que defende a união das regiões Sul e Sudeste para ter mais protagonismo político no Congresso Nacional e se contrapor a outras regiões do País. Zema afirmou que o objetivo do bloco é se contrapor especialmente às regiões Norte e Nordeste, pois, segundo ele, as políticas que beneficiam aqueles estados prejudicam o restante do País.

Mauro comentou que apenas ficou sabendo "por alto" sobre o comentário de Zema, mas defendeu que o momento é de unir o país, principalmente em meio a debates importantes, como a reforma tributária.

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“Olha, eu não li a ipsis litteris o que disse o governador Zema. Entretanto, eu acho que o Brasil, enquanto nós falarmos a mesma língua, seremos o mesmo país. Precisamos nos unir e os nossos adversários não podem ser nós mesmos”, disse Mauro, em entrevista à imprensa nesta segunda-feira, 7 de agosto.

O governador defendeu o fim das polarizações partidárias e o começo da abertura de diálogo para fortalecimento econômico do Brasil.

“Nós temos que lutar contra a ineficiência, nós temos que lutar contra a corrupção, nós temos que lutar contra o aumento da criminalidade... Existem muitas agendas mais importantes do que estabelecer uma agenda de nós contra eles, seja quem for, quem quer que seja e qual região seja. Eu defendo que nós possamos unir esse país e não criar formas de polarizações desnecessárias”, comentou.

A entrevista concedida pelo governador de Minas Gerais repercutiu negativamente em todo o país. À Folha de São Paulo, Zema disse que as regiões Sul e Sudeste formaram um grupo chamado de Cossud, que reúne sete estados. Ele comentou que as regiões sempre estiveram em desvantagem no Senado Federal, pois detêm 27 senadores dos 81, e não querem ser julgadas como ‘as regiões dos estados ricos’, que têm obrigação de contribuir sem receber nada em troca.

Zema enfatizou que durante a discussão da reforma tributária foi criado um fundo para o Centro-Oeste, Nordeste e Norte, excluindo a região Sul e Sudeste.

“Então Sul e Sudeste vão continuar com a arrecadação muito maior do que recebem de volta? Isso não pode ser intensificado, ano a ano, década a década. Se não você vai cair naquela história, do produtor rural que começa só a dar um tratamento bom para as vaquinhas que produzem pouco e deixa de lado as que estão produzindo muito”, diz trecho da entrevista.

Após a repercussão negativa, Zema usou as redes sociais para dizer que sua declaração foi interpretada de forma equivocada.

"A união do Sul e Sudeste jamais será pra diminuir outras regiões. Não é ser contra ninguém, e sim a favor de somar esforços. Diálogo e gestão são fundamentais pro país ter mais oportunidades. A distorção dos fatos provoca divisão, mas a força do Brasil tá no trabalho em união", escreveu.

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