O governo do Estado respondeu à denúncia feita pelo prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), ao Ministério Público de Mato Grosso (MPMT), classificando-a como "mentirosa, desesperada e sem conexão com a realidade". Por meio de nota, o Executivo estadual afirmou que a estratégia de Emanuel tem objetivo de desviar o foco das 17 operações policiais que já foram realizadas contra a Prefeitura de Cuiabá.
“Se trata de mais uma denúncia mentirosa, desesperada e sem conexão com a realidade, feita para tirar o foco das 17 operações policiais por corrupção já realizadas na Prefeitura de Cuiabá, pelas Polícias Civil e Federal, por meio de investigações dos Ministérios Públicos Estadual e Federal e determinadas pelo Poder Judiciário, nas esferas Estadual e Federal”, diz a nota.
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No final da tarde desta quarta-feira, 2 de agosto, Emanuel formalizou uma denúncia sobre o suposto aparelhamento do Estado para persegui-lo. O documento foi entregue ao procurador-geral de Justiça, Deosdete Cruz Júnior, questionando a atuação da Controladoria-Geral do Estado (CGE) nas investigações que envolvem a Prefeitura de Cuiabá.
No documento, Emanuel afirma que sua gestão tem sido alvo de repetidas operações policiais, totalizando 17 ações, e argumenta que a mesma diligência não é percebida com relação às investigações que envolvem o governo do Estado.
“Quando é para investigar o Estado ou buscar procedimento investigatório contra o Estado, a auditoria é lerda, prevarica, é omissa à controladoria através dos controladores gerais. O antigo e o atual. É lerda, é lenta, prevarica, alega dificuldade, não tem tempo para nada, tem excesso de trabalho. Quando é para auditar adversários ou inimigos políticos, ela é célere, é rápida, é diligente, é tremendamente sedenta por Justiça e por rigor punitivo”, resumiu o prefeito, em entrevista coletiva.
Aos jornalistas, Emanuel afirmou que existem outros casos que sua equipe detectou, mas a denúncia apresentada nesta quarta trata apenas da conduta do ex-controlador-geral Emerson Hideki e do atual controlador-geral Paulo Nazareth. O documento apresentado fala em cinco situações em que teriam ocorrido interferências do gestor da Controladoria-Geral do Estado para postergar investigações contra o Executivo Estadual.
Para exemplificar, Emanuel traçou um paralelo entre a Operação Hypnos, deflagrada em fevereiro para apurar possível desvio de R$ 1 milhão na Secretaria de Saúde de Cuiabá, e a Operação Espelho, cuja primeira fase foi deflagrada em 2021, para apurar possível fraude de mais de $ 35 milhões contra o erário do Estado.
