Após mais de 100 dias sob a administração do Governo do Estado, o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), avaliou que a saúde pública da capital piorou sob a gestão estadual e não descarta um futuro de desmonte na área. Emanuel tenta recorrer às instâncias superiores da Justiça para tentar ter novamente o controle da pasta. No entanto, está conseguindo apenas derrotas.
O emedebista pretende aproveitar a proximidade com o Governo Federal para tentar reverter a situação, principalmente agora que seu filho, o deputado federal Emanuelzinho (MDB), assumiu o posto de vice-líder do presidente Lula (PT) no Congresso Nacional. Ele tenta defender a tese que a medida foi adotada por “vingança” do seu adversário político, o governador Mauro Mendes (União).
- FIQUE ATUALIZADO: Entre em nosso grupo do WhatsApp e receba informações em tempo real (clique aqui)
- FIQUE ATUALIZADO: Participe do nosso grupo no Telegram e fique sempre informado (clique aqui)
“Ela [desmonte] já está em curso desde a primeira própria intervenção, já está se derrubando, de longe a intervenção não está a mesma coisa, já piorou muito. Eu não tenho nenhuma preocupação em dizer que está vindo o desmonte da saúde pública da capital do Estado por puro apetite político eleitoral do governador do estado. Isso é muito grave, isso aí está sendo discutido e vai continuar sendo debatido em Brasília porque essa é uma violência contra a população cuiabana”, disse à imprensa nesta segunda-feira, 03 de julho.
O Estado está administrando a Saúde de Cuiabá desde março, quando o Órgão Especial do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) aprovou o voto apresentado pelo desembargador Orlando Perri, relator da ação movida pelo Ministério Público, que apontou uma série de irregularidades na pasta.
Terminado o prazo, o mesmo colegiado deu seguimento à prorrogação da intervenção até o dia 31 de dezembro de 2023. Na decisão, Perri afirma que a intervenção já apresentou diversas melhorias no sistema de saúde de Cuiabá, entre elas a redução do tempo de espera por internação em casos de alta complexidade, que caiu de 30 dias para pouco mais de três dias.
O voto de Perri foi baseado em relatório do Tribunal de Contas do Estado (TCE-MT), apontando melhorias em diversos setores da Saúde, retomada de serviços e regularização dos atendimentos nas UPAs e Policlínicas.
Leia mais: Justiça prorroga intervenção na Saúde de Cuiabá até o final do ano