O prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) detonou seu ex-secretário de Saúde, Huark Douglas Correia, estopim da Operação Capistrum, que levou o afastamento do gestor por 37 dias. Em entrevista coletiva na manhã desta quarta-feira (1º de dezembro), ele afirmou que Huark mentiu de forma inescrupulosa ao Ministério Público de Mato Grosso e que ele era o responsável pelas contratações de servidores temporários. Ao MP, o ex-secretário afirmou que as contratações eram feitas a pedido de Emanuel.
Pinheiro ainda aproveitou a oportunidade para negar que o ex-secretário seja "sua criação". O prefeito lembrou que Huark também já trabalhou na gestão do então prefeito e agora governador Mauro Mendes (DEM), além de ter trabalhado no Governo do Estado, sob a gestão de Silval Barbosa.
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"Isso aqui é só para lembrar, quando vocês [jornalistas] escreverem falar que ele é do Mauro Mendes também, fala que é só meu não", afirmou o gestor. "É só pra lembrar, porque ficam colocando o Huark como se fosse cria minha. Não, ele era um bom técnico e só tinha uma missão comigo, entregar o HMC, por isso ele virou secretário", completou.
Douglas foi quem fez o acordo de não persecução penal e delatou o suposto esquema de contratações de servidores temporários, além do pagamento irregular do 'prêmio saúde' como uma maneira de comprar apoio político ao prefeito Emanuel Pinheiro. O acordo feito por Huark com o Ministério Público embasou a operação, que teve o prefeito e a primeira-dama, Márcia Pinheiro, como alvos.
"Eu vi nele um gesto de desespero e falta de caráter porque ele mentiu que eu tinha um 'canhão político'. Quando eu falei isso? Ele que contratou, ele foi duas vezes, foi aberta uma representação interna no TCE, defendeu veementemente os contratos. Ele que assinou. Ele foi no 'abraço de afogado', ele estava desesperado. Ele vai sofrer as consequências dessa mentira inescrupulosa e maldosa", afirmou.
