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Política Quarta-feira, 01 de Dezembro de 2021, 10:44 - A | A

Quarta-feira, 01 de Dezembro de 2021, 10h:44 - A | A

AFASTADO POR 38 DIAS

Emanuel apresenta "powerpoint" e diz que MP induziu Judiciário ao erro

Felipe Leonel

Repórter | Estadão Mato Grosso

O prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) concedeu sua primeira entrevista coletiva após o retorno à Prefeitura de Cuiabá para se defender das acusações do Ministério Público, que levaram ao seu afastamento, no dia 19 de outubro, no âmbito da Operação Capistrum. Emanuel também acusou o MP de induzir o desembargador Luiz Ferreira da Silva ao erro.

Antes da entrevista, o prefeito também apresentou um ‘powerpoint’ aos jornalistas com os seus argumentos de defesa. Ele ainda afirmou ter se sentido injustiçado e que teve seu mandato ‘sequestrado’. O gestor ficou afastado por 38 dias e retornou ao cargo após uma decisão do desembargador Luiz Ferreira, no dia 26 de novembro.

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"Bastava ter me ouvido, eu fui afastado sem nunca ter sido ouvido, tanto na esfera cível como na criminal. Afastaram um prefeito reeleito da Capital, no começo do segundo mandato, com ilações, que induziu o Judiciário ao erro, sem dar condição de defesa", afirmou. “O político mais injustiçado nos últimos tempos da Capital é o prefeito Emanuel Pinheiro", completou.

O prefeito ainda disse que o promotor Domingos Sávio, coordenador do Núcleo de Ações de Competências Originárias (Naco), fez uma ‘engenharia inimaginável’ para levar o caso para a esfera criminal com o objetivo de afastá-lo e ainda sugeriu que a medida teria como objetivo ‘minar’ seu projeto político de disputar as eleições ao Governo do Estado em 2022.

Emanuel também lembrou uma postagem feita pelo promotor Domingos Sávio no dia das eleições do ano passado, onde perguntou se as pessoas iriam ‘votar com paletó ou de camiseta’. A postagem fez com que o prefeito acionasse o promotor no Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP).

“Ele é um membro do MP que não gosta de mim, tem uma aversão a mim. Se isso foi potencializado com denúncia que fizeram chegar até ele com interesse de me atingir politicamente, com interesse de atingir minha família para me tirar de uma possível participação do processo eleitoral de 2022 só Deus e o tempo vai dizer”, afirmou.

Além do prefeito, também foram alvos da operação a primeira-dama Márcia Pinheiro, o chefe de gabinete de Emanuel, Antonio Monreal Neto, a secretária adjunta de Governo e Assuntos Estratégicos, Ivone de Souza, além do ex-coordenador de Gestão de Pessoas, Ricardo Aparecido Ribeiro. Eles são acusados pelo MP de integrarem suposta organização para comprar apoio ao prefeito. 

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