A comissão de vereadores criada na Câmara Municipal de Cuiabá para acompanhar o programa de vacinação coordenado pelo executivo municipal se reunirá nesta quinta-feira (18), após a sessão, para discutir as medidas que serão tomadas diante do anúncio feito pela prefeitura de Cuiabá de que a vacinação contra a Covid-19 seria interrompida à partir desta terça -feira (16) por falta de vacina.
Nesta quarta (17), diversos veículos da imprensa noticiaram a falta de imunizantes em municípios pelo país, entre eles Rio de Janeiro e Salvador.
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A vereadora lembrou que vem cobrando do executivo a compra direta e que não procede o argumento de que os laboratórios estariam preferindo negociar diretamente com o governo federal.
Ela sugeriu a criação de uma força-tarefa dos gestores municipais da Baixada Cuiabana para pressionar o governo do Estado.
“Desde o início do processo de vacinação, sempre acreditei que eram necessárias, e ainda são, duas medidas fundamentais: a manutenção dos cuidados de segurança para que as pessoas possam tocar suas vidas, porque, afinal de contas, não dá para parar tudo por conta do vírus", opinou. “Em relação à vacina, é necessário que o poder público, o Prefeito, juntamente com os prefeitos aqui da região da Baixada Cuiabana se unam para pedir, para forçar, para reivindicar do governador que entre na compra de vacinas”.
“É importante que a gente mantenha a campanha e que acelere o processo de vacinação, comprando mais vacinas, diretamente, porque não dá para ficar esperando o governo federal ter a boa-vontade de imunizar a população. Nós estamos sem coordenação nacional da vacinação e isso é muito grave. No ritmo que nós estamos levaremos uns quatro anos para imunizar a população cuiabana, então não dá para aceitar, isso até lá muitas variantes do vírus podem surgir, inviabilizando, inclusive, a própria vacina”, disse ela.
“Amanhã depois da sessão, vamos discutir primeiro a metodologia de monitoramento da vacina, através do compartilhamento das listas de vacinados e também como é que a comissão vai se posicionar em relação à falta de vacina. Não dá para a gente ficar de braços cruzados”.
A vereadora informou também que discutirá o tema com o grupo de trabalho “Saúde e Vacinação”, que compõe a estrutura do Mandato Coletivo pela Vida e por Direitos e alertou que a indefinição sobre a compra dos imunizantes pode piorar o quadro da pandemia. “Essa demora na vacinação está fazendo com que o vírus circule, e o vírus se modifica”.