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Política Terça-feira, 01 de Agosto de 2023, 15:42 - A | A

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INÉRCIA

Comissão de Ética não cumpre prazo e nem pede prorrogação sobre caso Cattani

Rafael Machado

Repórter | Estadão Mato Grosso

O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Eduardo Botelho (União), encaminhou um ofício à Comissão de Ética da Casa cobrando resultados dos trabalhos relacionados ao processo instaurado contra o deputado estadual Gilberto Cattani (PL), por falas misóginas. De acordo com o presidente do parlamento, o prazo se encerrou e até o momento não houve pedido para prorrogar e nem o resultado da investigação.

“Acabei de redigir um memorando aqui, um ofício da presidência para a comissão, cobrando resultado, porque foi dado um prazo para eles, já não cumpriram, e eu quero resultado, eles têm que devolver para a presidência, ou pelo menos pedir uma prorrogação de prazo, não me deram resposta ainda, eu quero uma resposta disso”, disse em entrevista ao programa Cidade Alerta, da TV Vila Real, na segunda-feira, 31 de julho.

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A Comissão de Ética foi formada após o protocolo de uma representação contra o deputado Gilberto Cattani, acusado de falas misóginas ao comparar mulheres com vacas.

A representação foi protocolada pela presidente da Comissão da Mulher da OAB, Glaucia Amaral, e pela defensora pública-geral, Maria Luziane, pedindo a abertura de um procedimento ético contra Cattani, por quebra de decoro parlamentar, e pede que seja investigada possível prática, por parte do parlamentar, de discriminação contra mulheres e desobediência aos deveres previstos na Constituição do Estado.

Cattani disse que sua fala feita durante uma reunião da Frente Parlamentar de Defesa da Vida e Contra o Aborto foi retirada de contexto. Ele enfatizou que em nenhum momento comparou as mulheres com as vacas como vem sendo noticiado.

Logo após a abertura do processo, os deputados Janaina Riva (MDB) e Max Russi (PSB), presidente e corregedor da Comissão, respectivamente, saíram de licença para participar de um evento institucional fora do país. No entanto, ressaltaram na época que os afastamentos não iriam interromper os trabalhos.

“Eu preciso que essa comissão, eu vou oficiar a presidente, deputada Janaína, porque ela responda para mim, o que está sendo feito, o que atrasou, e porque o presidente ainda não recebeu o retorno dessa comissão”, enfatizou Botelho.

PUNIÇÃO “EDUCATIVA”

A maioria dos membros da Comissão de Ética afastou a possibilidade de uma cassação de Cattani e defendeu uma punição “educativa”.

Na semana passada, o corregedor da Comissão, deputado Max Russi, disse que após as “férias” o grupo irá se reunir para definir os nomes e datas das oitivas do processo. A intenção é acelerar o julgamento para apresentar um relatório para votação no plenário.

Na avaliação do corregedor, cassação do mandato é uma medida muito “extraordinária”. No entanto, comentou que um “castigo” pedagógico deve ser apresentado.

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