Presidente do PT em Mato Grosso, o deputado estadual Valdir Barranco disse que seu partido abraçará o agronegócio caso o setor decida apoiar a possível candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A fala de Barranco contrasta fortemente com a opinião dos petistas Lúdio Cabral e Edna Sampaio, que fizeram críticas à aproximação do agro com o PT.
No último mês, lideranças do agronegócio se encontraram com o ex-presidente Lula no escritório do advogado Cristiano Zanin, em Brasília, para discutir alguns gargalos do setor, como a infraestrutura. Nos bastidores, comenta-se que o encontro serviu também para reaproximar a categoria de Lula.
- FIQUE ATUALIZADO: Entre em nosso grupo do WhatsApp e receba informações em tempo real (clique aqui)
- FIQUE ATUALIZADO: Participe do nosso grupo no Telegram e fique sempre informado (clique aqui)
“Não houve reunião do PT, foi uma reunião com o Lula. O Lula recebe todo mundo, ele é um democrata que conversa, que ouve, que fala. Isso não significa que esse agro vai apoiar o Lula. Inclusive, já fiquei sabendo que eles terão uma reunião agora com o Eduardo Leite [governador do Rio Grande do Sul], que está cogitando ir para o PSD para ser candidato”, disse Barranco.
“Assim como o Lula ouviu eles, vai ouvir outros e eles vão falar com outros e se definirem que vão apoiar o Lula nós abraçaremos sim, porque o PT não vai construir essa candidatura do Lula deixando para trás aqueles que quiseram se somar a esse processo”, completou.
O entendimento sobre possível apoio do agro para o ex-presidente não é consenso entre os petistas mato-grossenses. O deputado estadual Lúdio Cabral criticou a aproximação do setor e chegou a afirmar que o PT não precisa do dinheiro nem dos votos do agronegócio para eleger Lula.
Em entrevista à imprensa, Lúdio disse que representantes do agronegócio agem de forma “oportunista” e, por isso, tem buscado se aproximar de Lula, apesar de fazer parte da base do governo Bolsonaro.
Barranco, no entanto, ressaltou que o PT não vai descartar nenhum tipo de apoio para poder eleger Lula.
“O PT não rechaça apoio, sem dúvidas nenhuma. Nessa esteira está a construção com o Geraldo Alckmin, também”, disse, lembrando que o ex-governador e ex-tucano pode ser vice de Lula.
