Dollar R$ 5,61 Euro R$ 6,09
Dollar R$ 5,61 Euro R$ 6,09

Polícia Terça-feira, 11 de Julho de 2023, 20:12 - A | A

Terça-feira, 11 de Julho de 2023, 20h:12 - A | A

COM AVAL DE FACÇÃO

Quadrilha especializada em roubo de caminhonetes trocava veículos por drogas na fronteira

Bruna Cardoso

Repórter | Estadão Mato Grosso

As investigações da Operação Kuron, deflagrada na última semana (4 de julho) pela Delegacia Especializada de Roubos e Furtos de Veículos de Cuiabá (Derfva), mostraram que a quadrilha responsável por roubar, aproximadamente, 60 caminhonetes do modelo Hillux em bairros nobres de Cuiabá e Várzea Grande agiam com o aval de facção criminosa. A quadrilha precisava de uma grande estrutura para conseguir chegar na fronteira do Brasil com a Bolívia para trocar os veículos por drogas.

Os delegados responsáveis pela operação, Diego Alex Martimiano da Silva e Edson Arthur Teixeira Peixoto, falaram sobre a destinação destes veículos e esclarece a suspeita de vinculação da quadrilha com facção criminosa.

- FIQUE ATUALIZADO: Entre em nosso grupo do WhatsApp e receba informações em tempo real (clique aqui)

- FIQUE ATUALIZADO: Participe do nosso grupo no Telegram e fique sempre informado (clique aqui)

“Nós percebemos que há a subtração desses veículos, o encaminhamento dos veículos para o para o país vizinho, pra Bolívia. Então, a gente não tem indícios materiais que possam comprovar isso, mas não há dúvida que esse grupo tem uma vinculação com a organização criminosa por conta dessa atuação, dessa cadeia criminosa necessária para dar a destinação do veículo”, explica Diego.

Martimiano conta que a pratica de enviar veículos de alto valor comercial à fronteira para ser trocada por drogas não é algo novo, a novidade dessa quadrilha é a modalidade e agilidade dos criminosos nos furtos. As caminhonetes eram furtadas com chave de fenda em, apenas, 10 segundos.

“Fui delegado na região de fronteira, e esse tipo de crime, de encaminhar veículos de alto valor, principalmente Hilux, não é de agora.  A novidade agora é essa modalidade de furto, mas o roubo de Hillux sempre ocorreu e, basicamente, eles levam esse veículo e trazem droga”, conta Diego.

Além da troca de caminhonetes por drogas na fronteira do Brasil, há uma pequena quantidade que é desmanchada para a venda de peças e foram inseridas no mercado na forma de golpe, principalmente em aplicativos de vendas.

Todas as caminhonetes furtadas na região da Baixada Cuiabana eram de alto padrão, a mais barata dos modelos roubados custava R$ 300 mil. Com os 60 furtos feito pela quadrilha, o prejuízo acumulado chega a aproximadamente R$ 18 milhões.

Para saber mais sobre os furtos de Hillux, clique AQUI.

search