Em seus últimos dias como presidente da Assembleia Legislativa (ALMT), o deputado Eduardo Botelho (União) afirmou que tirou a AL das “páginas policias” na sua gestão. Segundo Botelho, os deputados passaram a ter relevância dentro do parlamento estadual. Ele falou com a imprensa nesta quarta-feira, 22 de janeiro.
“A Assembleia vinha com problemas de delações, problemas policialescos. Onde a assembleia estava sendo acusada de patrocinar todas as corrupções do governo que saía em 2014. Nós fizemos um trabalho muito grande aqui, de recuperar essa Assembleia, de colocar a Assembleia no protagonismo das discussões importantes para o Estado e assim nós o fizemos, tiramos das páginas policiais e colocamos elas nas discussões dos projetos importantes para o estado de Mato Grosso”, falou.
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De fato, a Casa esteve no olho do furacão em escândalos de corrupção na década passada. Boa parte desses esquemas foram revelados pelo ex-governador Silval Barbosa após deixar o comando do Palácio Paiaguás. Os detalhes fornecidos por ele à Justiça revelaram uma sofisticada organização criminosa com envolvimentos dos principais agentes políticos de Mato Grosso.
Os crimes foram revelados em um acordo de colaboração premiada com a Procuradoria-Geral da República (PGR), cuja homologação se deu no Supremo Tribunal Federal (STF). Na ocasião, a confissão foi taxada como "delação monstruosa" pelo ministro Luiz Fux, do STF.
Mas, além disso, outros crimes de corrupção já vinham manchando a imagem do Parlamento estadual.
