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Judiciário Quinta-feira, 23 de Janeiro de 2025, 07:00 - A | A

Quinta-feira, 23 de Janeiro de 2025, 07h:00 - A | A

NÃO COLOU

Traficante alega internação em CAPS para se safar de ação e justiça descobre verdade

Bruna Cardoso

Repórter | Estadão Mato Grosso

O juiz Jean Garcia de Freitas Bezerra, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, marcou a audiência para interrogar Lucas Tavares Amâncio, vulgo “Popotinha” ou “Mano Pai Veio”, alvo de operação contra o tráfico de drogas. A defesa alegou que Lucas estava internado no Centro de Atendimento Psicossocial (CAPS), porém após pedido da comprovação, a defesa voltou atrás. A decisão foi publicada na última quinta-feira, 16.

“Destarte, não comprovado suficientemente que o réu esteja internado ou sob tratamento de saúde, o processo deve prosseguir, com a devida continuação da audiência de instrução e julgamento. Assim, designo audiência para interrogatório do réu para o dia 20/08/2025, às 14h40”, decidiu.

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Durante o processo de instrução probatória, fase do processo que o juiz solicita provas. Após isso, o magistrado solicitou que fosse anexado os documentos que comprovasse que Lucas estava internado no CAPS.

Entretanto, a defesa não anexou o documento e nem o endereço no CAPS, onde Lucas estaria recebendo atendimento. Depois de algumas tentativas, a defesa anexou um termo de recusa livre, documento que evidencia que o réu não estava internando e nem impossibilitado de comparecer à audiência.

“Além disso, embora tenha sido indicado que o acusado estaria sendo acompanhado pelo CAPS (Centro de Atenção Psicossocial), a defesa não trouxe documentos precisos que atestassem a internação ou o tratamento em curso, tampouco informou qual a unidade do CAPS responsável, a cidade e o endereço do local em que o réu estaria sendo atendido. Conforme relatado, a defesa limitou-se a juntar um termo de recusa livre esclarecida (id 176173152), isto é, documento que evidencia que o réu não está internado e impossibilitado de comparecer à audiência a ser designada”, sustentou.

Ele é réu acusado por integrar uma facção criminosa, tráfico de drogas e associação ao tráfico. O inquérito policial apontou que Lucas passou a morar com outros faccionados para venderem drogas em São Félix do Araguaia (1.062 km de Cuiabá). 

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