A Polícia Federal identificou transações financeiras entre o vereador Paulo Henrique (MDB) e Willian Aparecido da Costa Pereira, conhecido por “Willian Gordão”, ex-proprietário do Dallas Bar. Paulo Henrique foi preso na manhã na manhã desta sexta-feira, 20 de setembro, na "Operação Pubblicare", por colaborar com membros do Comando Vermelho na lavagem de dinheiro por meio da realização de shows e eventos em casas noturnas de Cuiabá.
Um documento sigiloso apontou que o vereador obteve vantagens indevidas por meio do seu “testa de ferro”, identificado como José Marcio Ambrósio Vieira.
- FIQUE ATUALIZADO: Entre em nosso grupo do WhatsApp e receba informações em tempo real (clique aqui)
- FIQUE ATUALIZADO: Participe do nosso grupo no Telegram e fique sempre informado (clique aqui)
Paulo também tinha relação financeira com Polyana Alejandra Villalva, ex-mulher do sobrinho do vereador. O Dallas e o parlamentar transferiam dinheiro para a conta bancaria de Polyana, levantando a suspeita de que Paulo Henrique tinha alguma obrigação com a mulher.
A PF identificou um esquema de lavagem de dinheiro entre Paulo Henrique e Willian Gordão. Umas das descobertas revelou sete transações financeiras que somam R$ 15 mil reais, entre a conta pessoal do vereador e as empresas Expresso Lava Car, Complexo Rio Eventos, todas pertencentes a Willian Gordão, integrante do Comando Vermelho.
Outro esquema movimentou R$ 67 mil entre o Sindicato dos Agentes De Regulação e Fiscalização de Cuiabá, que é presidida por Paulo Henrique, e a empresa Expresso Lava Car. Todas as transações mantinham um padrão mensal de pagamento da organização ao vereador.
OPERAÇÃO PUBBLICARE
Durante as investigações foi identificado que os criminosos contavam com o apoio de agentes públicos responsáveis pela fiscalização e concessão de licenças para a realização dos shows, sem a documentação necessária. Foi identificado que o parlamentar atuava em benefício do grupo na interlocução com os agentes públicos e recebendo, em contrapartida, benefícios financeiros.
Os investigados vão responder pelos crimes de corrupção passiva e ativa, lavagem de dinheiro e organização criminosa, com os membros da facção indiciados durante a Operação Ragnatela, primeira fase da ação policial e deflagrada em junho deste ano.