Dollar R$ 5,45 Euro R$ 5,94
Dollar R$ 5,45 Euro R$ 5,94

Polícia Quarta-feira, 02 de Agosto de 2023, 14:22 - A | A

Quarta-feira, 02 de Agosto de 2023, 14h:22 - A | A

EXECUÇÃO NO SHOPPING

Empresário foi assassinado por vender cigarros sem aval do Comando Vermelho

Igor Guilherme

Repórter | Estadão Mato Grosso

Mais de sete meses após o crime, as investigações da Polícia Civil apontam que o empresário Josionaldo Ferreira de Araújo, o "Naldo do Tereré", teve sua morte decretada por estar vendendo cigarros contrabandeados sem a autorização da facção criminosa Comando Vermelho. Naldo foi assassinado dentro do Shopping Popular, em Cuiabá, no dia 19 de dezembro de 2022, por dois rapazes que se passaram por clientes. Um dos criminosos, identificado como Wenderson Santos Souza, morreu em confronto com a Polícia Militar no mesmo dia e local do crime. 

A informação foi revelada na manhã desta quarta-feira (2), pelo delegado Bruno Abreu Magalhães durante coletiva de imprensa realizada na Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), na região central de Cuiabá.

- FIQUE ATUALIZADO: Entre em nosso grupo do WhatsApp e receba informações em tempo real (clique aqui)

- FIQUE ATUALIZADO: Participe do nosso grupo no Telegram e fique sempre informado (clique aqui)

“No final da investigação, nós chegamos a uma motivação, que foi a venda de cigarros contrabandeados. A vítima optou por fazer essa prática ilícita e não estava obedecendo às diretrizes do comando. No sentido que o Comando Vermelho, além do tráfico de drogas, ele conta com essa diversidade de renda, no caso, o cigarro do Paraguai. E a vítima estava vendendo o cigarro por conta própria”, explicou Bruno.

Apesar de ter sido morto pela facção, Naldo não era um de seus membros, conforme destacou o delegado.

As investigações também apontaram que Naldo foi alertado diversas vezes pelo Comando Vermelho, para que suspendesse a atividade. Os "avisos" teriam sido feitos por mensagens e visitas dos integrantes na loja física do empresário. Mesmo com os avisos da facção, Naldo continuou com a venda, o que teria irritado os criminosos e motivando sua morte.

Segundo o delegado Marcel Gomes de Oliveira, titular da DHPP, as ordens partiram da cúpula do Comando Vermelho, que atua dentro da rede carcerária do estado.

“Com certeza vamos chegar em todos. Acreditamos que todos serão devidamente punidos de forma técnica”, asseverou Marcel.

Os presos

Na tarde desta terça-feira, 1º, durante os desdobramentos da operação Unity, três pessoas foram presas por envolvimento na execução de Naldo. Dos três, dois foram identificados: Gabriel Mota e Lucas Leonardo Padilha.

Conforme as investigações, Lucas foi preso por levar os assassinos em seu carro. Bruno F.S. foi preso ainda no dia e Wenderson Santos Souza, morto em confronto.

Já Gabriel e o terceiro suspeito, que não foi identificado, teriam prestado outros tipos de auxílio à facção criminosa, indicando aos assassinos onde Naldo estaria, horas antes dos crimes.

Lucas estava na Penitenciária Central do Estado (PCE) quando a Polícia cumpriu o mandado de prisão, já Gabriel estava solto em Cuiabá no momento que foi identificado e detido.

“Acreditamos também que nos próximos dias outros membros da facção serão presos”, disse Marcel.

Álbum de fotos

Gilberto Leite | Estadão Mato Grosso

Gilberto Leite | Estadão Mato Grosso

Gilberto Leite | Estadão Mato Grosso

Gilberto Leite | Estadão Mato Grosso

Gilberto Leite | Estadão Mato Grosso

Gilberto Leite | Estadão Mato Grosso

Gilberto Leite | Estadão Mato Grosso

search