Comerciantes do município de Tapurah procuravam o Comando Vermelho para pagar "taxa de segurança", para não serem alvos de roubo. Foi o que disse o delegado Rafael Scatolon, em coletiva de imprensa sobre a Operação Assintonia, deflagrada nesta quarta-feira, 26 de junho. A organização criminosa atuava no comércio de entorpecentes, armas de fogo e munições e lavagem de dinheiro, em Boa Esperança, Itanhangá, Porto dos Gaúchos e Tapurah.
Scatolon afirmou que o contato era feito diretamente com um dos líderes do tráfico de drogas, que está preso na Penitenciária Central do Estado (PCE).
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“Nós identificamos, durante a investigação, que alguns comerciantes da cidade de Itapurá procuravam esses líderes no intuito de pagar uma mensalidade de R$ 100 a R$ 200, para que o comércio deles não fossem vítimas de furto ou roubo e caso assim ocorresse, eles resolveriam a situação como de fato nós identificamos na investigação”, falou o delegado.
Caso o comerciante concordasse com taxa, o dinheiro era destinado à conta de um laranja.
“Nós identificamos na investigação que durante esse tempo eles conseguiram ou identificaram um potencial alvo a ser vítima de furto ou roubo, um crime contra o patrimônio. Contudo, esse líder identificou que aquele alvo contribuía com a mensalidade, com a taxa de segurança, e determinou que aquele local não fosse vítima de furto ou roubo, uma vez que era, segundo a palavra dele, contribuinte da facção”, afirmou Scatolon.
Entretanto, o delegado afirmou que se os comerciantes deixassem de pagar a taxa de ''segurança'', a facção passava a ameaçar os empresários.
Foram cumpridas na operação 72 ordens judiciais, sendo 22 de prisão preventiva, 24 de busca e apreensão e 26 bloqueios de contas bancárias.