O comandante-geral da Polícia Militar, coronel Alexandre Mendes, lamentou os fatos ocorridos em Cotriguaçu (943 km de Cuiabá) na madrugada deste sábado, 5 de agosto, e ressaltou que as investigações vão direcionar o julgamento do caso, que terminou com um jovem morto pela polícia. O comandante, porém, chamou a atenção para um momento do vídeo do caso, que mostra Thiago Graciote Moraes, de 29 anos, levando a mão à cintura durante a abordagem. O jornal Estadão Mato Grosso noticiou o caso mais cedo e também chamou a atenção para o detalhe mencionado por Mendes.
“É preciso ver o que o celular não pôde ver. É preciso interpretar mãos que vão a cintura durante a abordagem rapidamente. Ver, portanto, com argúcia o cenário, as pessoas e o complexo de causas que levaram ao disparo. Simplificar julgando e sentenciando é a tentação para todos agora; não é isso que buscamos, de forma precipitada, em respeito à justiça”, diz trecho da nota divulgada pelo comandante-geral.
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Alexandre Mendes também destacou que a instituição está empenhada em investigar e solucionar o caso para dar uma resposta à sociedade de Cotriguaçu e mato-grossense como um todo.
O CASO
Thiago Graciote Moraes foi executado com dois tiros na madrugada de sábado por um policial militar que foi atender a uma ocorrência de som alto e, posteriormente, abordou um grupo, apontado por estar brigando.
Thiago e outro homem, identificado como Samuel Santos Pimenta, se recusam a obedecer a ordem de abordagem e saem do local, sendo seguidos pelo militar. O agente e Samuel brigam e Thiago se coloca entre eles, desafiando o policial e atirar, ao mesmo tempo que leva rapidamente a mão à cintura.
O policial efetua dois disparos, que matam Thiago.
VEJA A NOTA NA ÍNTEGRA
É impactante a cena de pouco mais de um minuto que vemos em Cotriguaçu. O triste resultado obtido na abordagem está longe do pretendido por quem deve salvaguardar a vida. Assim, nos unir ao luto dos familiares e amigos é o que nos cabe por princípio, além da apuração rigorosa já iniciada, se necessário cortando a própria carne ao fim.
Temos a informar que todos os profissionais envolvidos estão sob acompanhamento e à disposição da investigação, que começa sim pelo vídeo, mas que não ficará apenas nele.
É preciso ver o que o celular não pôde ver. É preciso interpretar mãos que vão a cintura durante a abordagem rapidamente. Ver, portanto, com argúcia o cenário, as pessoas e o complexo de causas que levaram ao disparo. Simplificar julgando e sentenciando é a tentação para todos agora; não é isso que buscamos, de forma precipitada, em respeito à justiça.
Cotriguaçu, cidade ordeira e de uma população amiga da PM, receberá todo suporte operacional e os esclarecimentos necessários para a devida cicatrização desse episódio. É nosso ânimo responder à toda sociedade o mais breve possível a quem cabe, sem corporativismo, a exata medida de responsabilidade.
Alexandre Mendes - Cel PM
Comandante-Geral da PMMT