Criminosos que se organizavam em um grupo especializado em furto de caminhonetes em Cuiabá e Várzea Grande alugavam imóveis para esconder os veículos furtados. A informação foi revelada em uma entrevista coletiva, com agentes da Delegacia Especializada de Roubos e Furtos de Veículos de Cuiabá (Derfva), responsável por deflagrar a Operação Kurou, que desbaratou a organização criminosa na última semana.
Segundo o delegado da Derfva, Edson Arthur Teixeira Peixoto, após furtarem os veículos, os criminosos alugavam imóveis em Cuiabá para deixar os automóveis. Apesar de dar detalhes do crime, o agente não divulgou os locais exatos.
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“Uma parte dessa quadrilha que nós conseguimos desbaratar hoje era composta por pessoas que praticavam os furtos, iam pra rua e subtraíam os veículos. Uma outra parte era responsável por dar apoio logístico. Conseguimos identificar pessoas que alugavam imóveis aqui em Cuiabá, pelo menos dois imóveis alugados para esconder esses veículos depois que eles eram furtados”, disse.
Ainda segundo o delegado, as caminhonetes permaneciam nos locais, com bloqueadores de sinal, para evitar o rastreio. Após dias no imóvel, o automóvel era levado a outro local - não revelado - pelos bandidos.
COMO FUNCIONAVAM OS FURTOS
O grupo criminoso esperava os carros ficarem longe de seus donos para entrar em ação. Os bandidos se armavam com chaves de fendas e aparelhos para clonar o sinal, que ligava a caminhonete. A ação criminosa durava apenas 10 segundos, conforme revela o delegado Diego Alex Martimiano da Silva.
“Nos vídeos que a gente tem analisado dos furtos, o meliante consegue abrir a caminhonete com uma chave de fenda. Ele insere a chave de fenda ali no local da chave e vira, em 10 segundos a caminhonete está aberta”, encerrou.
