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Polícia Quarta-feira, 31 de Julho de 2024, 07:29 - A | A

Quarta-feira, 31 de Julho de 2024, 07h:29 - A | A

CASO RENATO NERY

"Atirador de elite" suspeito de participar da morte de advogado é PM aposentado

Igor Guilherme

Repórter | Estadão Mato Grosso

Sargento aposentado da Polícia Militar, Omigha de Lima Oliveira, de 54 anos, foi apontado pela Polícia Civil como um dos principais suspeitos de participar da execução do advogado Renato Gomes Nery, morto na porta de seu escritório em Cuiabá. Omigha foi alvo de um mandado de busca e apreensão da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) na manhã desta terça-feira (30). Além de Omigha, a ação mirou outros suspeitos em Cuiabá e Várzea Grande, que foram apontados como membros da facção criminosa Comando Vermelho.

Conforme informações do delegado Bruno Abreu, Omigha é um 'atirador de elite' e estava escondido em Guarantã do Norte. No momento em que as equipes chegaram em sua residência, ele se negou a entregar as armas que estavam em sua posse. Segundo o delegado, o atirador tinha armas escondidas do calibre 9 milímetros, o mesmo calibre usado para matar Nery.

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Em entrevista concedida à Rádio Capital nesta segunda-feira (30), o delegado descreveu que o suspeito tem todas as características correspondentes ao atirador, mas ressaltou que ainda não é possível afirmar que tenha sido ele o autor dos disparos.

"A gente ainda não sabe exatamente a participação dele, se foi de executar ou emprestar a arma. Ele tem diversas passagens de homicídios e diversos processos de participação em homicídios e histórico de contratar pistoleiros para executar homicídios. O passado dele é esse aí”, disse.

"Ele sabe atirar, é atirador de elite e profissional. Ele tem todas as características do atirador, mas o modus operandi dele é de contratar pessoas para executar o crime. Então, pode ser que ele contratou pessoas para realizar esse crime, tendo em vista que a família dele mora em Cuiabá”, completou o delegado.

Omigha já foi alvo de diversas denúncias, entre elas uma do Ministério Público de Mato Grosso, em 2019, por homicídio. O atirador também foi acusado de ameaça, entre outros crimes.

O CRIME

Renato Gomes Nery foi morto com um tiro certeiro na cabeça, segundo laudo da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec). O advogado, que já foi presidente da Ordem dos Advogados do Brasil Seccional de Mato Grosso (OAB-MT), estava chegando ao escritório e o atirador já o aguardava. O crime foi registrado na manhã da primeira sexta-feira deste mês, dia 5.

Após o crime, Nery foi levado às pressas ao Complexo Hospitalar de Cuiabá e passou por uma cirurgia de emergência. Apesar dos esforços médicos, ele não resistiu e morreu na madrugada do sábado (6).

Três dias após o crime, o delegado Bruno declarou que aguardava a prisão do suspeito em breve, pois o assassino foi descuidado.

“Acredito que ele estudou bem o local, só que não estudou tanto. Então, a gente já progrediu com as investigações e tenho certeza que a DHPP [Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa] vai capturar esse rapaz”, disse o delegado, ao ser questionado se o atirador tinha ciência dos pontos cegos das câmeras de segurança, já que ele não aparece nas imagens.

O caso segue em investigação e, apesar de a verdadeira motivação ser um mistério, o delegado acredita que se trata de um crime de mando.

“O crime é típico de mando, ou seja, o suspeito foi ali apenas para executar o crime. A gente precisa saber a motivação, para traçar uma linha de investigação para chegar no executor e nos mandantes, se for realmente um crime de mando”, explicou.

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