As investigações sobre a morte do advogado Renato Gomes Nery continuam e agora a Polícia Civil chegou em um homem que se encaixa como o principal suspeito do crime. O homem é de Guarantã do Norte (709 km de Cuiabá) e é um dos três alvos de um mandado de busca e apreensão cumprido nesta segunda-feira (30). Apesar de não ter seu nome revelado, o suspeito foi identificado pelo delegado Bruno Abreu como um “atirador de elite”.
Em entrevista concedida à Rádio Capital, o delegado, que é responsável pela investigação do caso, descreveu que o suspeito tem todas as características correspondentes ao atirador, mas que ainda não é possível afirmar que tenha sido ele o autor dos disparos.
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"A gente ainda não sabe exatamente a participação dele, se foi de executar ou emprestar a arma. Ele tem diversas passagens de homicídios e diversos processos de participação em homicídios e histórico de contratar pistoleiros para executar homicídios. O passado dele é esse aí”, disse.
"Ele sabe atirar, é atirador de elite e profissional. Ele tem todas as características do atirador. Mas o modus operandi dele é de contratar pessoas para executar o crime. Então pode ser que ele contratou pessoas para realizar esse crime, tendo em vista que a família dele mora em Cuiabá”, completou o delegado
Ainda segundo o delegado, o suspeito resistiu à abordagem no momento que a Polícia Civil chegou na casa. No local, havia armas que o suspeito afirmou ter escondido.
Conforme informações, as armas escondidas eram do calibre 9 milímetros, mesmo calibre usado na execução do advogado.
Os outros dois mandados foram cumpridos em Cuiabá e Várzea Grande, mas até o momento não há detalhes do que foi recuperado.
O CRIME
Renato Gomes Nery foi morto com um tiro certeiro na cabeça, segundo laudo da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec). O advogado, que já foi presidente da Ordem dos Advogados do Brasil Seccional de Mato Grosso (OAB-MT), chegava no escritório e o atirador, conforme revelado pela investigação, já o aguardava. O crime foi registrado na manhã da primeira sexta-feira deste mês, no dia 5.
Após o crime, Nery foi levado às pressas ao Complexo Hospitalar de Cuiabá e passou por uma cirurgia de emergência. Apesar dos esforços médicos, Nery não resistiu e morreu na madrugada do sábado (06).
Três dias após o crime, o delegado Bruno declarou que aguardava em breve a prisão do suspeito pois o mesmo foi descuidado.
“Acredito que ele estudou bem o local só que não estudou tanto, então a gente já progrediu com as investigações e tenho certeza que a DHPP [Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa] vai capturar esse rapaz”, disse o delegado ao ser questionado se o atirador tinha ciência dos pontos cegos das câmeras de segurança, já que ele não aparece em tantas imagens”, declarou o delegado, à época, em entrevista.
O caso segue em investigação e apesar da verdadeira motivação ser um mistério, o delegado acredita que se trata de um crime de mando.
“O crime é típico de mando, ou seja, o suspeito foi ali apenas para executar o crime, a gente precisa saber a motivação para traçar uma linha de investigação para chegar no executor e nos mandantes, se for realmente um crime de mando”, explicou.