Na manhã desta quinta-feira (06), a Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) deflagrou a "Operação Office Crime - a Outra Face" no âmbito da investigação que apura a morte do advogado Renato Gomes Nery, executado na porta do seu escritório, em Cuiabá. A arma usada no crime, segundo a investigação, é uma pistola 9 milímetros, que segundo a Associação de Cabos e Soldados dos Bombeiros Militares e Policiais Militares (ACS-MT) foi apreendido com criminosos envolvidos em um confronto com as Rondas Ostensivas Táticas Metropolitanas (Rotam) e entregue ainda no dia do confronto à investigação da Polícia Civil que consequentemente entregou à Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec).
Ao Estadão Mato Grosso, o presidente da ACS, Laudicério Machado, explicou que acredita que a prisão dos policiais foi um equívoco e que tudo será esclarecido. Além disso, Laudicério afirmou que os policiais da Rotam, presos durante a operação, são “valorosos”.
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“No dia 11 para o dia 12 [de julho], no período noturno surgiu uma ocorrência que foi de um assalto de um roubo de veículo e neste roubo de veículo aproximado do Contorno Leste, houve o acompanhamento de uma guarnição e houve então o confronto e nesse confronto, um meliante faleceu, outro foragiu e outro veio a se machucar, sendo socorrido e levado aos cuidados médicos. Foi então apreendida uma arma nesta ocorrência e essa arma após, segundo constatado pela Polícia Civil após a perícia, foi então identificado que foi a mesma utilizada pelo criminoso que matou o advogado Renato Nery”, explicou o presidente.
Leia aqui sobre a ocorrência em questão: Trio rouba carro em Cuiabá e bandido morre em confronto com a Rotam
Laudicério ainda completa dizendo que a assessoria jurídica da ACS procura entender como essa arma apareceu nesta ocorrência.
“Vai ser elucidado, eu tenho certeza. Nossa equipe jurídica é muito eficiente e acredito na inocência desse associado que está sendo assistido (pela ACS), pois são militares valorosos ao qual sabem da sua conduta, tem comprometimento em atender a sociedade ainda que sejamos desvalorizados”, afirmou.
OFFICE CRIME
A operação prendeu quatro militares da Rotam e um caseiro de uma propriedade rural localizada no bairro Capão Grande, em Várzea Grande. A propriedade pertence ao único alvo que permanece foragido, o 3° sargento da Rotam Heron Teixeira Pena Vieira, que segundo as investigações, havia sido escalado para matar o advogado, mas que “terceirizou” a execução ao caseiro, identificado como Alex Roberto de Queiroz Silva.
Além dos mandados de prisão, foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão.
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