Um dos líderes do Comando Vermelho, Robson Junior Jardins dos Santos, vulgo "Sicred", alvo da Operação Assintonia deflagrada nesta quarta-feira, 26 de junho, comandava de dentro da Penitenciária Central do Estado (PCE) um grupo criminoso envolvido com o comércio de entorpecentes, armas de fogo e munições e lavagem de dinheiro, nas cidades de Tapurah, Itanhangá, Ipiranga do Norte e Sorriso.
Além de "Sicred", outro líder da organização, Thiago Perez, também está preso na PCE e comandava o tráfico na região. Eles realizavam o contato fora do presídio através de celulares para ordenar a prática de roubos e homicídios, assim como a negociação das armas de fogo.
- FIQUE ATUALIZADO: Entre em nosso grupo do WhatsApp e receba informações em tempo real (clique aqui)
- FIQUE ATUALIZADO: Participe do nosso grupo no Telegram e fique sempre informado (clique aqui)
“Desde o início da operação, o mesmo alvo que comanda todos esses crimes, ele também foi alvo da Operação Gravatas. Porque a Operação Gravatas desmantelou um braço jurídico da facção com esse principal investigado [...]os investigados são os mesmos, o objeto da investigação é diferente”, disse o delegado Rafael scatolon.
"Sicred" estava preso no Rio de Janeiro por outros crimes e, recentemente, foi transferido para Cuiabá.
A investigação tem ligações com a Operação Engravatados que revelou diversos nomes de advogados e até um policial militar que estavam envolvidos com o Comando Vermelho, trouxe mais alguns detalhes sobre a ação da facção criminosa que, coordenada com os advogados, estava "em cima" das ocorrências, chegando até a monitorar a viatura do município de Tapurah para saber quando um faccionado seria preso.
A Operação Assintonia teve 72 ordens judiciais, sendo para cumprimento de 22 mandados de prisão preventiva, 24 mandados de busca e apreensão e 26 bloqueios de contas bancárias.
